Caso Cupertino: Justiça marca audiência para ouvir empresário sobre uso de CNH falsa
Vítima, de 55 anos, que teve o nome utilizado para a confecção do documento desconhecia a clonagem de seus dados
São Paulo|Letícia Dauer, do R7
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) marcou uma audiência virtual para ouvir Paulo Cupertino, acusado de ter matado o ator Rafael Henrique Miguel e seus pais, em 2019, sobre o uso de uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) falsa.
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Em maio de 2022, o empresário foi preso preventivamente em um hotel, na zona sul da capital paulista, com o documento em que se estampava uma foto com bigode, cabelos penteados e olhos claros. No dia, a polícia também apreendeu tinta para cabelo de cor preta, água oxigenada, lentes de contato e fotos 3x4. De acordo com o inquérito policial, o objetivo era despistar as autoridades com disfarces.
A CNH usada por Cupertino estava em nome de outro motorista. A vítima, de 55 anos, natural da Bahia, não tinha conhecimento da clonagem de seus dados. Em depoimento, ele reforçou que não cedeu o documento a outras pessoas e também não sofreu extravio.
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Após uma perícia, o laudo do Instituto de Criminalística também confirmou que a CNH é falsa em razão da má qualidade do papel, da má qualidade da impressão e da ausência de elementos de segurança, como calcografia e microcaracteres.
Segundo o TJ-SP, Cupertino prestará depoimento sobre o uso do documento falso. O julgamento do caso de homicídio, que ocorrerá em audiência virtual, está previsto para 27 de novembro, às 14h30.
Essa não é a primeira vez que o empresário utiliza uma identidade falsa para fugir da polícia. Durante um ano, ele usou um RG falsificado que foi emitido em Jataizinho, cidade do Paraná.
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