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Caso Gael: Justiça de SP converte prisão de mãe em preventiva

Mulher é suspeita matar o filho de 3 anos após agressões em apartamento dos Jardins, área nobre de SP, nesta segunda (10)

São Paulo|Isabelle Gandolphi e Mariana Rosetti, da Agência Record

Menino Gael foi encontrado com sinais de espancamento
Menino Gael foi encontrado com sinais de espancamento

O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) atendeu o pedido da Polícia Civil e converteu em preventiva a prisão da mãe do menino Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, morto e encontrado com sinais de espancamentos na última segunda-feira (10).

A mulher passou por audiência de custória nesta terça, e foi decidido que deve ela deve seguir presa enquanto o caso é investigado.

A mãe do menino foi presa na madrugada desta terça-feira (11). Ela é suspeita de ter espancado o filho dentro do apartamento da família, na região dos Jardins, área nobre da capital paulista.

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A irmã de Gael acionou o resgate, mas quando os socorristas chegaram, a criança já estava tendo uma parada cardiorrespiratória e não resistiu às tentativas de reanimação durante o percurso até a Santa Casa. No corpo do menino foram encontrados diversos hematomas, inclusive marcas do anel da mãe na testa.


Para a polícia, a mulher disse que se lembra de estar deitada com Gael e sua filha mais velha quando sentiu seu corpo quente. Ela teria ido tomar banho, dormido e acordado apenas no momento em que várias pessoas a tiravam do chuveiro.

O caso

Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, morreu com sinais de agressão no bairro Bela Vista, região central de São Paulo, nesta segunda-feira (10). A mãe foi presa em flagrante e é a principal suspeita pelo crime. O caso ocorreu na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, número 101, na Bela Vista, durante o período da manhã. A Polícia Militar foi acionada por volta das 12h.


A 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) registrou o caso como homicídio qualificado consumado com emprego de meio insidioso ou cruel, ou que resulte em perigo comum, e indiciou a mãe de Gael.

O boletim de ocorrência foi realizado com base em oito relatos de testemunhas, além do da indiciada, com acréscimo de dados dos laudos periciais. A tia-avó do garoto Gael, de 73 anos, contou que deu mamadeira para a criança por volta das 9h e os dois ficaram na sala assistindo televisão.


Pouco depois, Gael foi para a cozinha, onde estava a mãe. A tia-avó permaneceu na sala e a irmã do menino, de 13 anos, estava no quarto. A tia-avó contou que ouviu a criança chorar, mas pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. Ela chamou, então, Gael para voltar a assistir desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na cozinha.

Cerca de cinco minutos depois a idosa escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era de outro apartamento. A tia-avó relatou que logo depois o menino parou de chorar.

Ainda de acordo com a tia-avó, cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando, foi até a cozinha e encontrou o menino no chão, coberto com uma toalha de mesa, em meio a uma poça de vômito. A mãe estava ao seu lado. Ela perguntou para a mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado de choque, não disse uma única palavra.

A tia-avó pegou a criança no colo e o levou até o quarto do garoto. Ela trocou a roupa dele e a fralda, que estava suja de fezes, e pediu que a irmã acionasse o resgate. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas para uma ocorrência de parada cardíaca de criança.

Os médicos entraram pela porta lateral do apartamento, que dá acesso à cozinha, onde encontraram a mãe. A mulher estava sentada em uma cadeira no canto do cômodo, com a cabeça baixa. A irmã conduziu os médicos até o quarto de Gael, que estava com a tia-avó, deitado num colchão no chão.

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