Caso Guilherme: carro tem mancha e sete armas são apreendidas
Material coletado em veículo de sargento pela perícia é encaminhado para laboratório que irá verificar se trata-se de mancha de sangue
São Paulo|Do R7, com informações de Elizabeth Matravolgyi, da Agência Record
A Polícia Civil encontrou uma mancha em um carro do sargento Adriano Fernandes de Campos, acusado de estar envolvido na morte do jovem Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, na Vila Clara, zona sul de São Paulo.
De acordo com Fábio Pinheiro do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), durante a perícia, a polícia utiliza um produto que reage para qualquer substância que tenha ferro. O produto reagiu para a mancha encontrada no veículo. Dessa maneira, o material coletado foi encaminhado para um laboratório, que irá verificar se trata-se de uma mancha de sangue ou outra substância.
Na segunda-feira (29), a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que sete armas, que podem ter sido utilizadas no crime, foram apreendidas preventivamente e encaminhadas ao Instituto de Criminalística.
Na semana passada, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), divulgou a conclusão do laudo necroscópico, que constatou que Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, morreu com dois tiros: um na nuca e outro no rosto.
A polícia acredita que ele foi executado com o tiro na nuca e, quando ele caiu, foi baleado no rosto com o que chamam de "tiro de misericórdia".
Segundo o DHPP, a polícia ainda aguarda a perícia dos carros, do confronto balístico com a arma, apreendida na casa do sargento Adriano Fernandes de Campos, e busca pelo segundo autor do crime.
O vigia e o supervisor da empresa do sargento Adriano foram ouvidos e liberados.
Caso Guilherme
Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, morreu após ter desaparecido na madrugada do domingo (14). Familiares reconheceram o corpo do jovem no IML Central (Instituto Médico Legal) na manhã de segunda-feira (15).
No domingo, a vítima foi levada por um homem armado, em um carro preto, na região de Americanópolis, na zona sul de São Paulo.
Familiares publicaram em redes sociais imagens do menino. Segundo eles, a vítima desapareceu na avenida Cupecê, na altura do depósito da Yabiku, conhecido na região como "antiga Brahma", na Vila Clara.
Joice Silva, mãe do adolescente, contou à produção da Record TV, que o filho estava com a família em um churrasco, na casa em que morava, quando decidiu acompanhar a avó, a Dona Antônia, até a casa dela.
Após deixar a avó dormindo, por volta das 2h, Guilherme ficou conversando com um amigo no portão. Depois disso não foi mais visto. Um circuito de segurança mostra o momento em que o menino é abordado por um homem armado.
A tia de Guilherme foi avisada, por meio de uma ligação, que ele havia sido levado por dois policiais. Após receber a informação de que o filho estava desaparecido, Joice foi até três delegacias: 35º, 98º e 26º DP. No entanto, nenhum deles tinha registrado a apreensão de adolescentes com características semelhantes às de Guilherme.