Caso Rayane: jovem teria ligado para a polícia antes de ser morta
Adolescente, de 16 anos, foi encontrada morta com cadarço no pescoço no domingo (28), em estrada próxima a Guararema
São Paulo|Plínio Aguiar, do R7
A jovem Rayane, de 16 anos, encontrada morta neste último domingo (28), em Guararema, região metropolitana de São Paulo, teria ligado para o número policial 190 antes de ser executada.
A ligação ocorreu às 2h10, na madrugada de domingo, com duração de apenas 14 segundos, comunicou um investigador, que não quis se identificar, a repórter da RecordTV Marcela Varasquim. A jovem não conseguiu, a princípio, completar a chamada, tampouco avisar aos policiais sobre o que estava acontecendo.
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A investigação aponta que, após a ligação para o 190, o celular de Rayane foi tirado de sua mão e jogado na mata. O telefone foi encontrado em um matagal em Jacareí, no Vale da Ribeira.
Procurada pela reportagem, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que o caso está em investigação pela Delegacia de Homicídios do município e mais informações não serão divulgadas, pois o caso encontra-se em sigilo judicial.
O caso
A jovem desapareceu após ir embora de uma festa que aconteceria no bairro Botujuru, Mogi das Cruzes, na região metropolitana da capital paulista, no último dia 20. O Corpo de Bombeiros realizou buscas pela garota, que iniciou-se na última sexta-feira e terminou na noite de sábado (27), após indícios de que a garota passou por Jacareí, município no interior paulista, a 82 km da capital. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado com um cadarço no pescoço.
O corpo da adolescente foi velado e enterrado na tarde desta segunda-feira (29), em Mogi das Cruzes, em São Paulo.
"Só coisas boas, tudo o que ela fez sempre para o bem, estava começando a vida profissional, curtiu seus 16 anos. Muito amor e muita conversa. Um fatalidade que acontece, mas eu aguardo Justiça. Todos os pais deveriam conversar mais entre família", afirmou o pai da adolescente, Márcio. "Conversei com o delegado, porém só tive esclarecimentos técnicos. Não tive cabeça para isso."
A mãe da jovem, Marlene Paulino, passou mal em diversos momentos do velório e teve de ser levada para um hospital. Ela estaria a base de remédios há mais de uma semana.
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O velório ocorreu no cemitério de Mogi das Cruzes e teve a participação de cerca de 400 pessoas, entre amigos e familiares da menina. Após o cortejo, o pai da garota, Márcio, cumprimentou os participantes. Muitos moradores da cidade estiveram presentes no enterro.