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Chega a quase 300 o número de afegãos acampados no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP

Imigrantes fogem do Talibã e tentam recomeçar a vida no Brasil, mas não há vagas suficientes em postos de acolhimento

São Paulo|Laura Lourenço e Edilson Muniz, da Agência Record

Afegãos vivem de forma improvisada no terminal do a
eroporto de Guarulhos, em São Paulo
Afegãos vivem de forma improvisada no terminal do a eroporto de Guarulhos, em São Paulo

O número de afegãos que vivem provisoriamente no Aeroporto Internacional de São Paulo subiu para 277, de acordo com balanço da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, feito no último domingo.

Diariamente, os imigrantes que chegam ao terminal são levados a instituições do Estado de São Paulo e casas de acolhimento de outras unidades da federação. Porém, as autoridades municipais reconhecem que o número de vagas não é suficiente para cobrir a alta demanda que existe hoje no aeroporto.

De acordo com o Aeroporto Internacional de São Paulo, os imigrantes são encaminhados ao Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, instalado no mezanino do check-in B, terminal 2. O atendimento é feito pela prefeitura e autoridades públicas competentes.

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Depois disso, começa um processo de busca por vagas de acolhimento nos governos estaduais. A cidade de Guarulhos afirma que não possui mais vagas disponíveis para receber os imigrantes.


Há um mês, em 13 de outubro, 54 afegãos foram encaminhados a um abrigo em Morungaba, cidade no interior do estado e, desde então, não houve mais acolhimento em Guarulhos nem nas demais cidades da região.

A prefeitura avisa ainda que há 30 vagas disponíveis na cidade de Una, município na região nordeste da Bahia. A Prefeitura de Guarulhos diz que conversa com as famílias afegãs para serem levadas, mas muitas aceitam e depois desistem da proposta.


Segundo a prefeitura, vários preferem ficar em São Paulo, por conta das oportunidades de trabalho, pois entendem que o estado também oferece facilidade de rotas para outros lugares.

Desde agosto de 2021, quando o Brasil autorizou, por meio de uma portaria, a concessão de visto temporário a afegãos, para acolhida humanitária, o país virou uma das principais rotas.

Os cidadãos afegãos procuram fugir do regime totalitário do grupo extremista Talibã, que retomou o poder do Afeganistão em agosto do ano passado, depois da retirada das tropas americanas do país.

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