O Hospital da Mulher, localizado no centro de São Paulo, foi inaugurado na manhã desta quarta-feira (14). De acordo com o governo do estado, a unidade é o maior centro de saúde especializado da América Latina, e recebeu investimento de R$ 245 milhões.
O novo hospital atenderá pacientes em especialidades como oncologia ginecológica e mamária, cuidados paliativos e reprodução humana assistida, além de atuar no ensino e pesquisa do programa de residência médica em ginecologia e mastologia.
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O hospital funcionava em um antigo prédio. A transferência para o novo deve ser concluída no decorrer de outubro gradativamente e "sem prejuízo aos pacientes", informou o governo.
Os atendimentos no novo hospital estão ocorrendo, e todos os profissionais da antiga unidade serão incorporados ao prédio atual. Os atendimentos no Hospital da Mulher se darão integralmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Ainda segundo a gestão, a unidade vai ofertar cerca de 184,3 mil procedimentos ao ano, entre atendimentos ambulatoriais, internação e sessões de quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia, além de ampliar a quantidade de leitos para 172, dos quais 10 são de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 60, de enfermaria.
Haverá aumento de 66% nos serviços de quimioterapia e hormonioterapia. No local, além da ampliação da oferta de mamotomia e urodinâmica, as pacientes contam com tomografia com sedação e ressonância magnética (PET-CT).
Gestão
A Organização Social de Saúde (OSS) Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo), selecionada por chamamento público, será a responsável pela gestão da unidade.
A Inova, que construiu o prédio, cuidará da manutenção predial e da parte de equipamentos. Com mais de 50 mil m² de área construída, o edifício foi erguido por meio de uma PPP (parceria público-privada) com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
“Um atendimento que reúne humanização e tecnologia, em um ambiente moderno e pensado para o cuidado com as mulheres. Isso faz toda a diferença no tratamento e traz mais qualidade para os pacientes”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Vítimas de violência
A nova unidade mantém um espaço destinado ao programa Bem-me-quer, que oferece gratuitamente atendimento médico, assistência psicológica e jurídica e acompanhamento integral a mulheres e crianças vítimas de violência sexual.
No ano passado, de acordo com o governo, foram atendidas pelo programa mais de 3.000 mulheres.
A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de estado da Saúde e da Segurança Pública e a Procuradoria-Geral do Estado.