Com medo, famílias se recusam a deixar casas em torno de depósito clandestino que explodiu em SP

Após a explosão de um depósito clandestino de fogos de artifício no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13), moradores próximos do imóvel relatam dificuldade para deixar o local. Mais de 20 casas vizinhas também foram atingidas pelo incidente.

Funcionários da prefeitura fazem uma limpeza nas proximidades e tiram os materiais espalhados pelas ruas. Agentes da Defesa Civil estão na região garantindo que os imóveis atingidos não sejam ocupados, após os moradores saírem às pressas.

Algumas famílias não querem deixar as casas, como uma família de bolivianos. Segundo eles, muitos dos materiais usados no trabalho estão nos imóveis e eles temem saques. Segundo um agente da Secretaria de Assistência Social, um cartão social no valor de R$ 1.000 está sendo oferecido para seis famílias, além de vagas em albergues e cestas básicas. Cinco famílias aceitaram receber os insumos.

Os vizinhos dizem que não percebiam nenhuma movimentação estranha ao redor do imóvel. Uma moradora da região disse que a casa que funcionava como depósito irregular havia sido alugada há cerca de 40 dias.

A polícia agora investiga se o proprietário recebia ajuda de mais alguém. O homem identificado foi acusado de soltar balões no interior do estado em 2011. Ele não foi localizado após o acidente, e a polícia suspeita que o corpo encontrado seja dele, mas a informação só será confirmada depois de um laudo pericial.

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