Condenado por matar o pai, Gil Rugai vai para o regime semiaberto
Ele foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão em 2013. Segundo SAP, ele foi para Ala de Progressão Penitenciária de Tremembé
São Paulo|Isabelle Gandolphi e Edilson Muniz, da Agência Record
A Justiça de São Paulo concedeu regime semiaberto a Gil Grego Rugai. Condenado por matar o pai e a madrasta em 2004, ele cumpre pena desde 2016 na Penitenciária II de Tremembé, no interior do estado.
Gil Rugai é acusado de ter assassinado a tiros o pai, Luiz Carlos Rugai, de 40 anos, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, de 33, na casa do casal, na rua Atibaia, no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, em 28 de março de 2004.
Em 2013, o ex-seminarista foi condenado à sentença de 33 anos e nove meses de prisão.
Leia também
A decisão da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani foi publicada no último dia 19. Apesar de o Ministério Público manifestar-se contra, a magistrada optou pela progressão do condenado ao regime semiaberto.
Zeraik afirmou que é "evidenciado o mérito do postulante, que logrou comprovar a presença dos requisitos legais necessários" para que haja a mudança.
No documento, a juíza menciona também a não necessidade do exame de Rorschach, que é uma técnica de avaliação psicológica pictória, comumente conhecida como teste projetivo ou método de expressão.
Ela também aponta os motivos que a levou a essa decisão, como o resultado positivo do exame criminológico, o fato de ele ser réu primário e ter tido a conduta classificada como ótima pelo Serviço de Segurança e Disciplina do presídio, não havendo registro de uma única falta disciplinar no histórico prisional.
A juíza também comunica a direção da penitenciária para que a transferência de regime seja feita em até 15 dias.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, em cumprimento à decisão da Justiça, Gil Rugai foi removido nesta terça (23) para a Ala de Progressão Penitenciária da PII de Tremembé.
Condenação mantida
Dezesseis anos após o crime, a Justiça manteve a condenação de Gil Rugai, e o processo passa a transitado em julgado. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa do publicitário não pode recorrer da sentença que o condenou.
No julgamento, em 2013, o Ministério Público Estadual sustentou que, dias antes de morrer, Luiz Carlos havia descoberto que o filho tinha desviado R$ 150 mil de sua produtora. Depois de uma reunião a portas fechadas, ele rompeu com Gil e determinou a troca das fechaduras da casa e a instalação de câmeras no local para proteção da família.
Após o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital, ter reconhecido o trânsito em julgado da sentença condenatória, na última terça-feira (17), o processo será arquivado.
Desde que foi detido pela primeira vez, Gil Rugai já teve diversas entradas e saídas da prisão. Atualmente ele está preso na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.