São Paulo Consumidor ganha sacolinhas por dois meses em São Paulo

Consumidor ganha sacolinhas por dois meses em São Paulo

Acordo entre Procon-SP e Apas permite duas embalagens gratuitas e descontos

  • São Paulo | Do R7

Por dois meses, os supermercados darão duas sacolinhas, independente do valor dos produtos

Por dois meses, os supermercados darão duas sacolinhas, independente do valor dos produtos

Fernando Zamora/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Fundação Procon-SP fez um acordo com a APAS (Associação Paulista dos Supermercados) para minimizar os efeitos da Lei das Sacolinhas. As mudanças foram anunciadas nesta terça-feira (28).

Com isso, do dia 11 de maio ao dia 10 de julho, os supermercados darão duas sacolinhas independente do valor dos produtos. A cobrança acontece a partir da terceira sacolinha. O preço deverá ser o de custo. O valor tem que estar à disposição do consumidor.

Em um prazo maior, por seis meses, as pessoas que levarem as suas próprias sacolinhas ou outro meio de transporte para carregar os produtos economizarão. Isso porque os estabelecimentos deverão conceder um desconto acumulativo de R$ 0,03 centavos a cada cinco itens comprados ou a cada compra de R$ 30. Este benefício será válido por seis meses do dia 11 de maio ao dia 10 de novembro.

As novas regras para uso de sacolinhas em supermercados de São Paulo já estão em vigor desde o dia 05 de abril. As novas sacolas são oferecidas em dois modelos: nas cores verde e cinza e têm as mesmas dimensões, de 48 centímetros por 55 centímetros, 40% maiores que as utilizadas atualmente, e suportam pelo menos 10 kg de produtos. O comércio pode cobrar até R$ 0,08 por unidade.

Como usar

A sacolinha verde deve ser usada para carregar as compras e reutilizada para o descarte do lixo reciclável, que é recolhido pelo Programa de Coleta Seletiva. Já a sacolinha cinza é para os resíduos orgânicos e itens não recicláveis.

As regras atualmente em vigor estão previstas na Lei Municipal 15.374, conhecida como lei das sacolinhas, que foi regulamentada pelo prefeito Fernando Haddad no dia 7 de janeiro deste ano, após a justiça considerá-la constitucional.

Coleta seletiva

A Prefeitura de São Paulo diz que quase 70% das residências da Capital já são atendidas pela coleta seletiva.  A meta é universalizar a coleta na cidade e atingir a reciclagem de 10% dos resíduos domiciliares em 2016. Atualmente, o serviço atende 86 dos 96 distritos de São Paulo.

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Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro Chiovetti, a nova regra do uso das sacolinhas é acompanhada de um plano de ampliação da reciclagem na cidade.

— Antes, somente 36% das residências eram atendidas. Só com as duas centrais mecanizadas novas que nós implantamos no segundo semestre de 2014, nós ampliamos em 10 distritos novos a coleta seletiva e universalizamos em 40 distritos, chegando a 68% das residências com o serviço.

População apoia sacolinha reutilizável em SP, mas critica cobrança

  • O R7 foi às ruas para ouvir a opinião dos moradores de São Paulo sobre o uso das sacolinhas reutilizáveis. Desde domingo (5), as novas regras para uso destas sacolinhas em supermercados já estão em vigor. A partir de agora, os estabelecimentos poderão oferecer a seus clientes apenas sacolas reutilizáveis, nas cores verde e cinza

    A maior parte dos entrevistados concorda com o uso das sacolinhas, já que a iniciativa pode contribuir com a natureza. Porém, a cobrança pelo material é criticada

    Daia Oliver/ R7

  • A aposentada Maria Gloria, de 76 anos, acha justo o pagamento das sacolas.

    — O que não é justo é a sacolinha que suja a Terra. Quem não concorda com o pagamento que traga de casa. A gente se acostuma com tudo

    Daia Oliver/ R7

  • O pastor Juraci Ferreira, de 65, também acha muito bom as sacolas voltarem a ser cobradas.

    — Quando a população não tem educação tem que pagar. A natureza leva 100 anos para digerir o plástico, ela não aguenta mais
     

    Daia Oliver/ R7

  • A manicure Daniela Rocha, de 33, é prevenida e sempre carrega sua sacola.

    — Estou acostumada a levar sacola, tenho criança, a sacola fica mais prático. Se for para contribuir com o meio ambiente, acho certo pagar
     

    Daia Oliver/ R7

  • Já o aposentado José Moises Ramalho é contra o pagamento das sacolas.

    — Tem que ser de graça, vai para o lixo de qualquer forma porque usamos como saco de lixo. A gente vê tanta coisa errada com o meio ambiente, são os grandes (donos de mercado) que devem pagar por isso. Se não a responsabilidade fica toda para a população

    Daia Oliver/ R7

  • Gisberto Concilo, de 72, também trouxe sua sacola de casa.

    — Vim comprar pouca coisa. Tem que cobrar, alguém tem que fazer alguma coisa pelo meio ambiente, assim educa
     

    Daia Oliver/ R7

  • O motorista Cicero Domingos, de 60, concorda em pagar as sacolas.

    — Se for para ajudar o meio ambiente eu aprovo

    Daia Oliver/ R7

  • O vigilante Eronides Xavier, de 28, foi pego de surpresa, não sabia do novo pagamento das sacolas.

    — Não concordo com o pagamento, tem que ser como antes, o mercado tem que fornecer a sacola

    Daia Oliver/ R7

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