Segundo o CGE-SP (Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo) o córrego do Ipiranga, no bairro de mesmo nome na zona sul de São Paulo, é o recordista em transbordamentos em 2018. Entre janeiro e novembro, o rio já colocou água para fora por ao menos 9 vezes. No mesmo período a cidade registrou outras 17 ocorrências de transbordamentos em 8 córregos da cidade.Leia mais: Corpo de homem arrastado por chuva é encontrado em SP Quem mora na região, relata que o problema ocorre há mais de 25 anos. “Choveu, isto aqui enche, é assim todo ano”, diz Carlos Roberto Lopes, 52, que mora na avenida Professor Abraão de Morais, que é cortada pelo córrego em quase toda sua extensão. No ínicio do ano, Carlosjá havia sido entrevistado pelo R7 por sofrer com problemas com os transbordamentos do córrego Ipiranga e mostrou um investimento essencial para sua casa, uma comporta de retenção de águas. A Prefeitura de São Paulo afirma que faz a limpeza da região e que um piscinão deve ser entregue no segundo semestre de 2019 e deve aliviar a drenagem das águas e evitar novos transbordamentos no córrego Ipiranga. "O reservatório é constituído por dois compartimentos com aproximadamente 13 metros de profundidade e capacidade conjunta para armazenar 200 mil metros cúbicos", detalhou a Prefeitura em nota.Outros córregos O córrego Lageado, no Itaim Paulista, na zona leste da cidade, foi o segundo que mais apresentou problemas. Transbordou quatro vezes entre janeiro e novembro deste ano. Além dele, outros 7 córregos também registraram transbordamentos este ano (tabela abaixo).Monitoramento O monitoramento dos transbordamentos na cidade de São Paulo é feito, segundo o CGE-SP, por 300 postos de medição do nível de rios e córregos na cidade. Além das estações o órgão também monitora dados de estações meteorológicas que calculam a quantidade de chuva em milímetros que caiu na cidade. "O nível dos principais rios e córregos são monitorados continuamente e, havendo a iminência de transbordamento, é decretado novo estado de criticidade para que haja ações específicas dos órgãos competentes", explicou o CGE-SP por meio de nota.