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Córrego do Ipiranga é recordista de transbordamentos em SP

Entre janeiro e novembro deste ano, o CGE registrou 26 ocorrências em nove córregos que transbordaram na cidade. Em 2017 foram 20 transbordamentos

São Paulo|Márcio Neves, do R7

Transbordamentos no córrego do Ipiranga é problema histórico na região
Transbordamentos no córrego do Ipiranga é problema histórico na região

Segundo o CGE-SP (Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo) o córrego do Ipiranga, no bairro de mesmo nome na zona sul de São Paulo, é o recordista em transbordamentos em 2018. Entre janeiro e novembro, o rio já colocou água para fora por ao menos 9 vezes.

No mesmo período a cidade registrou outras 17 ocorrências de transbordamentos em 8 córregos da cidade.

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Quem mora na região, relata que o problema ocorre há mais de 25 anos. “Choveu, isto aqui enche, é assim todo ano”, diz Carlos Roberto Lopes, 52, que mora na avenida Professor Abraão de Morais, que é cortada pelo córrego em quase toda sua extensão.


Carlos construiu uma comporta na garagem de sua casa
Carlos construiu uma comporta na garagem de sua casa

No ínicio do ano, Carlosjá havia sido entrevistado pelo R7 por sofrer com problemas com os transbordamentos do córrego Ipiranga e mostrou um investimento essencial para sua casa, uma comporta de retenção de águas.

A Prefeitura de São Paulo afirma que faz a limpeza da região e que um piscinão deve ser entregue no segundo semestre de 2019 e deve aliviar a drenagem das águas e evitar novos transbordamentos no córrego Ipiranga.


"O reservatório é constituído por dois compartimentos com aproximadamente 13 metros de profundidade e capacidade conjunta para armazenar 200 mil metros cúbicos", detalhou a Prefeitura em nota.

Outros córregos


O córrego Lageado, no Itaim Paulista, na zona leste da cidade, foi o segundo que mais apresentou problemas. Transbordou quatro vezes entre janeiro e novembro deste ano. Além dele, outros 7 córregos também registraram transbordamentos este ano (tabela abaixo).

Monitoramento

O monitoramento dos transbordamentos na cidade de São Paulo é feito, segundo o CGE-SP, por 300 postos de medição do nível de rios e córregos na cidade. Além das estações o órgão também monitora dados de estações meteorológicas que calculam a quantidade de chuva em milímetros que caiu na cidade.

"O nível dos principais rios e córregos são monitorados continuamente e, havendo a iminência de transbordamento, é decretado novo estado de criticidade para que haja ações específicas dos órgãos competentes", explicou o CGE-SP por meio de nota. 

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