Covas: São Paulo não pode reabrir para depois voltar atrás
Capital paulista tem classificação estadual que permite abertura de alguns setores, desde que haja protocolo aprovado pela Vigilância Sanitária
São Paulo|Do R7
O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, alertou nesta quinta-feira (28) que a possível abertura de alguns setores da economia a partir de meados de junho não pode ser vista como o fim da circulação do vírus.
A capital paulista, diferente de todos os outros 38 municípios da região metropolitana, foi classificada como nível dois em uma escala de reabertura da economia do governo de São Paulo, o que autoriza o município a reabrir, a partir de 1º de junho, empresas do setor imobiliário, concessionárias de veículos, escritórios, comércio de rua e shoppings, desde que com protocolos de saúde e higiene validados pela Vigilância Sanitária.
Para Covas, ainda é preciso "continuar a evitar a circulação desnecessária de pessoas".
"Não é porque o município foi reclassificado, conquistou esse selo junto ao governo do estado de São Paulo, que acabou agora a preocupação com o coronavírus. A preocupação continua, o vírus ainda está aí. A gente não pode repetir o erro de várias outras cidades que começaram a reabrir e tiveram que voltar atrás."
Protocolos discutidos com setores
Cada entidade representativa dos setores autorizados a reabrir deverá apresentar à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho um plano de como organizará a reabertura para manter as exigências sanitárias, como redução de clientes, medidas de higienização, entre outras.
Em seguida, esses protocolos serão avaliados pela Vigilância Sanitária do município. "Nada será feito sem o apoio, sem o aceite, sem o ok da área da saúde", acrescentou Covas.
Embora a liberação possa ser feita a partir do dia 1º em algumas regiões do estado, na capital, o prefeito salientou que as propostas devem começar a ser analisadas a partir desta data.
Ontem, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, destacou que deve demorar até duas semanas para o começo da reabertura.