Covid-19: SP vacina profissionais de saúde com 30 anos ou mais
Primeira dose é aplicada a partir desta terça-feira (18). Prefeitura faz estudos para saber variantes do coronavírus em circulação
São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7
A cidade de São Paulo deu início nesta terça-feira (18) à vacinação de profissionais de saúde autônomos com 30 anos ou mais contra a covid-19. A estimativa é aplicar cerca de 50 mil doses. São 13 categorias que poderão receber o imunizante nas 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da capital e nos oitos mega postos.
Fazem parte do grupo: médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, fisioterapeutas, biólogos, biomédicos, técnicos de laboratórios que fazem coleta de exames RT-PCR, dentistas, entre outros.
Os profissionais de saúde devem apresentar documento do Conselho de Classe ou comprovante de profissão (certificado ou diploma) e também um comprovante de residência.
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Nesta terça-feira (18), também começou a campanha de vacinação de 47.700 motoristas e cobradores de ônibus que atuam na cidade de São Paulo. Grávidas e mulheres com comordidades que tiveram filhos recentemente também estão sendo imunizadas desde segunda-feira (17).
Já na sexta-feira (21), é a vez das pessoas com 45 anos ou mais que tenham comorbidades e as que tenham deficiências permanentes inscritas no BPC (Benefício de Prestação Continuada) receberem a dose contra a covid-19.
São consideradas comorbidades doenças cardiovasculares, diabetes, pneumopatias crônicas, cirrose hepática, obesidade mórbida e casos de hipertensão.
Segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido, as unidades de saúde já estão abastecidas com a vacina após o recebimento de novas doses da CoronaVac e da Astrazeneca/Oxford.
A recomendação é que os cidadãos que buscam a segunda dose procurem apenas as UBSs.
Variantes do coronavírus
A Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto Butantan iniciaram há três semanas um estudo das novas variantes do coronavírus em circulação na capital paulista. A coleta dos testes sorológicos já foi concluída e os dados estão em análise. O resultado deve ser conhecido em 20 dias.
Também outro estudo é feito em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da USP. O primeiro levantamento indicou que 65% dos vírus em circulação na cidade eram P1, a variante de Manaus.
"A cidade de São Paulo está se preparando caso novas variantes passem a circular. A preocupação é identificar a presença da variante indiana, o que não foi detectado até o momento. Estamos nos antecipando para caso isso aconteça e as medidas sanitárias sejam adotadas", afirmou o secretário Edson Aparecido.
Segundo ele, a prefeitura já ampliou o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermaria para covid-19, está instalando as miniusinas de oxigênio nas unidades de saúde e autorizou as OSs (Organizações Sociais de Saúde) a importar kits de intubação, usados em pacientes graves.