CPTM arrecada R$ 26 mi no 1º leilão do ano de materiais como sucata

Valor é quase igual ao arrecadado no ano passado todo com leilões. Trilhos e sucata de ferro foram destaques no certame

31/03/2022 - 09h42 (Atualizado em 04/04/2024 - 01h36)

No primeiro leilão do ano de materiais sem utilidade para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), como sucata, a empresa arrecadou R$ 26,2 milhões, o que representa um ágio de 37% em relação aos R$ 19,1 milhões previstos inicialmente. Dos 103 lotes disponíveis, 97 foram arrematados.

Realizado na terça-feira (29), 60% do valor arrecadado corresponde à sucata ferrosa de via permanente. Foi vendida por R$ 15,8 milhões, uma vez que o preço do aço está em alta no mercado.

O material pode ser utilizado tanto na reciclagem para a confecção de novos produtos quanto no reaproveitamento por outras indústrias como insumo na cadeia produtiva.

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Já os trilhos ferroviários responderam por 30% do total vendido, ou R$ 7,9 milhões. Também os dormentes de madeira, utilizados principalmente pela indústria de móveis rústicos e decoração, representam 5% do valor arrecadado: R$ 1,3 milhão.

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“É importante lembrar que os leilões são operações sustentáveis, gerando a reutilização e reciclagem de materiais valiosos, o que auxilia diversos setores da economia. De forma mais ampla, o processo também contribui para a redução de consumo de energia elétrica, para a redução de emissão de CO2, aumento da vida útil dos aterros e, portanto, na preservação da água, ar e solo”, ressaltou o gerente de Logística da CPTM, Leandro Capergiani.

Em 2021, a CPTM arrecadou cerca de R$ 26,6 milhões nos três leilões realizados. Em 2020, foram R$ 16,7 milhões e, em 2019, R$ 5,2 milhões com a venda de sucata.

Segundo Capergiani, "o leilão de peças inservíveis permite à companhia recuperar parte do investimento, gera benefício ambiental e abre espaço para outros materiais do ciclo de substituição".

A Companhia do Metrô de São Paulo realizou três leilões em 2021 de materiais e equipamentos que não tinham mais serventia para a empresa e arrecadou mais de R$ 5,3 milhões. Entre os itens vendidos estão pickups cabine dupla, que foram substituídas por carros de locação, mais rentáveis economicamente

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A sucata também é comercializada nos leilões. As rodas de trem sofreram desgaste com o uso e o tempo, mas ainda são consideradas matéria-prima nobre

Os trilhos de trem também fazem parte de lotes leiloados como sucata. Entre os compradores estão sucateiros que reconhecem a qualidade do produto, segundo o Metrô

Mesmo desgastados, os discos de freio também podem ser vendidos. O Metrô costuma reunir os materiais em lotes e faz leilões com até 50 lotes diferentes

Qualquer pessoa pode participar do leilão. Leva quem fizer a melhor oferta pelos produtos. Até mesmo o Metrô de Brasília e o do Rio já compraram equipamentos de São Paulo. Uma possibilidade seria o motor de tração dos trens, considerado inservível na frota paulista

Objetos menores, como os instrumentos de medição, também têm compradores. Os eletrônicos se tornam obsoletos com a troca de tecnologia e ficam sem utilidade para a empresa.

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