Duas faixas da pista local da marginal Tietê foram liberadas para o trânsito na tarde desta sexta-feira (25), quase um mês após uma cratera se abrir em uma obra do metrô na região, no sentido Ayrton Senna.
A liberação foi realizada às 17h após autorizações da Secretaria dos Transportes Metropolitanos e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O tráfego é coordenado no local pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da prefeitura. Os serviços de reparo foram realizados pela Linha Uni, responsável pelas obras da Linha 6-Laranja do Metrô.
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A Sabesp está implantando a tubulação provisória na ponte da Casa Verde, a exemplo da que já existe na ponte da Freguesia, para esgotamento do interceptor ITi-7. O volume remanescente desde o dia do acidente é transferido para o ITi-2, que também passou a receber esgoto para tratamento na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Barueri.
Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp informaram que "ainda acompanham o andamento dos trabalhos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para apurar os fatos e possíveis causas do acidente".
O caso
Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, a causa do desabamento teria sido o rompimento de uma galeria de esgoto no sentido transversal a uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô.
“Houve o início de vazamento às 8h21, e o que começou de maneira leve acabou rompendo. O solo não suportou o peso da galeria e se rompeu. A tuneladora passava a 3 metros dessa galeria, então não é um choque da tuneladora com a galeria”, disse Galli.
A tuneladora é o chamado tatuzão, equipamento que começou a operar no local em dezembro e que cava um túnel por onde passará a linha do Metrô. Apesar de não ter havido um choque entre o tatuzão e a rede de esgoto, segundo o Governo de São Paulo, especialistas levantam a hipótese de que a máquina seja responsável pelo incidente de forma indireta.
A trepidação causada pela tuneladora é uma das possíveis causas do rompimento da rede de esgoto. Outro possível motivo apontado é a perda de sustentação da rede de esgoto com a retirada de terra embaixo dos canos — o tatuzão passa cerca de 3 metros abaixo da tubulação.