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Cratera em obra do Metrô na marginal Tietê continua sem explicação oficial um ano depois

Governo de São Paulo aguarda a conclusão da análise do relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas enviado ao STM

São Paulo|Letícia Dauer, do R7

Governo realiza concretagem da cratera aberta na pista local da marginal Tietê
Governo realiza concretagem da cratera aberta na pista local da marginal Tietê Governo realiza concretagem da cratera aberta na pista local da marginal Tietê

O acidente nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô, que abriu uma cratera na pista local da marginal Tietê, entre as pontes Piqueri e Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo, completa um ano sem resposta nesta quarta-feira (1°).

Em março, o governo estadual contratou o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para apurar as causas do acidente, além das responsabilidades da Acciona — encarregada das obras — e da Sabesp. O Ministério Público de São Paulo também instaurou um inquérito civil para investigar a extensão dos danos urbanísticos e ambientais.

Questionado sobre a conclusão do laudo, o IPT informou que entregou, em 1° de novembro, os resultados da "investigação das causas do colapso ocorrido na região do poço de ventilação e saída de emergência aquinos durante a construção da linha" à STM (Secretaria de Transportes Metropolitanos).

A secretaria, por sua vez, afirmou ao R7 que a análise do documento e o relatório com as causas do acidente nas obras da Linha 6-Laranja ainda não foram finalizados.

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"Considerando a complexidade técnica envolvida, um grupo de trabalho analisa a documentação entregue pelo IPT, para que a STM possa acatar o documento e dar sequência ao processo administrativo. Ambas as empresas envolvidas no acidente, Sabesp e Acciona, são listadas em Bolsas de Valores, e todas as divulgações oficiais devem ser feitas com conclusões, não com estudos preliminares", declarou a pasta.

A empresa Acciona também contratou especialistas e encomendou um laudo sobre as falhas que provocaram a abertura da cratera. O documento foi concluído e enviado ao Ministério Público, de acordo com o conglomerado multinacional espanhol. Entretanto, o órgão comunicou à reportagem que ainda não recebeu a papelada.

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Na quinta-feira (26), durante visita às obras da Linha 6-Laranja e a chegada de uma máquina de escavação, conhecida como tatuzão, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, (Republicanos), afirmou que aguarda o relatório final do STM, que é considerado oficial.

“O importante agora é não olhar para trás e olhar para a frente. Observe que, no fim das contas, houve um esforço grande para que não houvesse o comprometimento do cronograma”, disse o governador.

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Relembre o acidente

Na manhã de 1° de fevereiro, uma tubulação de esgoto da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) rompeu e a água invadiu o poço de ventilação e a saída de emergência, onde estavam sendo realizadas as obras da Linha 6-Laranja.

Rapidamente a água tomou conta da tubulação, e parte da pista local da marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna, começou a ceder. Em um intervalo de duas horas, uma cratera gigantesca se abriu e interrompeu o fluxo de carros.

Na época, o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, explicou que o acidente ocorreu durante uma escavação feita pelo tatuzão. A máquina estava a mais de 3 metros de distância da coletora de esgoto, por isso não houve choque entre as estruturas.

Todos os funcionários conseguiram sair antes que a água inundasse o túnel e ninguém ficou ferido durante o acidente. Entretanto, quatro trabalhadores tiveram contato com a água contaminada e foram encaminhados ao pronto-socorro.

A Linha 6-Laranja é uma parceria público-privada do governo estadual com a Concessionária Linha Universidade — da qual a Acciona é a principal sócia —, que será a responsável pela operação por 19 anos após a conclusão das obras.

Em nota, a Sabesp informou que investiu cerca de R$ 35 milhões em obras e gerenciamentos, que duraram de abril a outubro. A companhia também disse que "já se pronunciou no Ministério Público Estadual, no sentido de que não tem responsabilidade no evento e aguarda a conclusão do laudo do IPT".

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