Criança é vítima de maus-tratos em casa de acolhimento de Poá
Educadoras envolvidas na denúncia serão afastadas
São Paulo|R7 com Agência Record*

O Conselho Tutelar de Poá registrou nesta quarta-feira (17) uma denúncia que relata maus-tratos ocorridos na casa de acolhimento de crianças carentes "Cuidar para Transformar", administrada pela Prefeitura de Poá, na Grande São Paulo.
Um garoto de sete anos, acolhido na casa há seis meses devido ao envolvimento com drogas por parte dos pais, teve braços e pernas amarrados após derrubar um ovo no chão acidentalmente.
A denúncia, acompanhada de registro fotográfico, chegou ao Conselho Tutelar na última segunda-feira (15), por meio de um funcionário da casa de acolhimento. O mesmo informou aos conselheiros que o garoto, que estava com fome, pediu aos responsáveis pela casa para fritar um ovo. "No momento em que foi pegar o ovo, o alimento acabou caindo acidentalmente no chão, fazendo sujeira".
O funcionário relatou então que o acontecimento teria irritado as educadoras do local, que amarraram os braços e as pernas do garoto, que ficou imobilizado no chão.
Outras crianças ainda seriam mal-tratadas no local. Na denúncia registrada pelo Conselho, duas educadoras e três técnicas foram notificadas pelos supostos por maus-tratos.
Reunião
Uma reunião aconteceu hoje às 9h30 da manhã entre o Conselho Tutelar de Poá, a Secretaria de Assistência Social, e o departamento jurídico da Prefeitura, comunicando sobre o caso. Após a reunião o Conselho Tutelar registrou oficialmente a denúncia.
O Conselho afirmou que as educadoras envolvidas na denúncia serão afastadas e uma sindicância será aberta para a apuração dos fatos. O caso também será levado à Vara da Infância e Juventude e ao Ministério Público ainda nesta quarta-feira (17).
Segundo a pasta, uma conselheira está com a criança na Delegacia de Polícia de Poá para o registro do boletim de ocorrência.
Posicionamento da Prefeitura
A Prefeitura de Poá, responsável pela administração da casa de acolhimento "Cuidar para Transformar", afirmou que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social recebeu as denúncias na última-terça feira (16) e “imediatamente iniciou a apuração dos fatos”.
A pasta afirmou também, que “já foi determinada a abertura de sindicância para apurar as denúncias e responsabilidades.”
Sobre o caso específico do garoto de sete anos que foi amarrado a Prefeitura disse que a criança “está recebendo acompanhamento médico e psicológico e seu caso está sendo acompanhado pelos técnicos da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.”
*Ana Beatriz Azevedo, estagiária do R7 com Vânia de Souza da Agência Record















