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Crianças e adolescentes que vivem em casas de acolhimento visitam o Museu do Futebol em São Paulo

Ação acontece no Dia das Crianças e faz parte do projeto do TJ-SP ApadrinhArte, que oferece cultura e lazer a grupo de 50 jovens

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7

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Jovens que vivem em casas de acolhimento da capital paulista foram visitar o Museu do Futebol
Jovens que vivem em casas de acolhimento da capital paulista foram visitar o Museu do Futebol

No feriado de Dia das Crianças, 50 adolescentes que vivem em casas de acolhimento na capital paulista fizeram uma visita ao Museu do Futebol, na zona oeste de São Paulo. A ação faz parte do projeto ApadrinhArte, do Tribunal de Justiça de São Paulo, para levar cultura e lazer aos mais de 8.300 jovens acolhidos no estado.

"A ideia é inserir as crianças dos antigos orfanatos, que vivem em situação de vulnerabilidade extrema, em ambientes culturais. Levar a sério o direito à cultura previsto no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]. A cultura é vista como luxo, só para os mais ricos; é fazer o direito ser levado a sério a todos", afirmou o juiz da Vara da Infância e Juventude de Guarulhos, Iberê Dias, que acompanhou a visita.


O passeio começou por volta das 10 horas desta quarta-feira (12). Os ingressos foram cedidos em uma parceria com o Museu do Futebol. Meninas e meninos se encantaram com o espaço interativo.

"Eles adoraram. Tem vídeos, fotos, a arquibancada treme e tem o som da torcida. É mais palatável do que os outros museus. É para ser uma introdução atraente para a molecada, que eles se encantem. Futebol dialoga com o cotidiano deles", disse o juiz da infância.


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Kauan tem 14 anos e nunca tinha ouvido falar do Museu do Futebol. Ficou empolgado com a visitação e em descobrir como era o espaço.

"Sinceramente eu gostei muito. Espero que eu volte a esse museu várias vezes. Dos outros que eu já visitei, esse foi o que mais gostei. Eu não sabia algumas coisas, agora sei um pouco, até da taça. Tem coisas legais sobre futebol", conta.


O ApadrinhArte pretende levar os jovens acolhidos no estado a eventos culturais como cinemas, teatros, museus e shows, mas também oferecer bolsas em cursos de artes cênicas, dança e pintura.

"Muitos deles e delas têm esse sonho de ser jogador de futebol. A gente tem que fazer força para esse sonho se concretizar, se for a vontade deles. Pelo menos criar as funções para que isso dê certo no futuro, que tenham a oportunidade de realizar esse sonho", ressaltou Iberê Dias.


Adolescentes se encantam com a história e a interatividade do museu
Adolescentes se encantam com a história e a interatividade do museu

Como participar

Pessoas físicas e jurídicas interessadas em colaborar com o ApadrinhaArte podem oferecer ingressos, meios de transporte e alimentação para que crianças e adolescentes, de qualquer parte da cidade ou região do estado, frequentem ambientes artísticos. Outra possibilidade é dar cursos voltados ao ensino das artes e material didático, quando necessário.

A ideia é que padrinhos e madrinhas arquem com os custos da visitação e deem oportunidades para que os jovens curtam sessões de cinema, peças de teatro, apresentações musicais, espetáculos de dança, rodas de leitura, exposições de quadros, fotos, esculturas, arte de rua, saraus e oficinas.

"Empresas também podem participar. O apadrinhamento não é afetivo, mas sim para suprir os custos. O padrinho pode escolher a atividade que for do interesse dele. Temos uma lista com os interesses das crianças e o local físico que elas estão para fazer a escolha ou a pessoa pode também escolher quem quer apadrinhar", explica o juiz.

Os interessados devem enviar email para apadrinharte@tjsp.jus.br, com indicação do nome do responsável ou CNPJ, telefone de contato, qual o evento ou curso que pretende oferecer, a região ou cidade, além de informar a quantidade de ingressos ou vagas disponíveis.

A equipe do programa ou da Vara da Infância mais próxima entra em contato com o interessado após o envio do email.

Há uma parceria com entidades públicas para visitação a eventos, e a iniciativa acompanha a agenda cultural das cidades. "Todo fim de semana tem alguma coisa, é dança, teatro", diz o magistrado.

Juiz Iberê Dias aproveitou a oportunidade para jogar pebolim com os jovens
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