Da periferia de SP para o mundo: homem começa jornada para conhecer 196 países
Robson Jesus tem apenas 20% do valor estimado para completar a viagem e fará monetização nas redes sociais
São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7
Um homem que nasceu e cresceu na periferia de Osasco, na Grande São Paulo, iniciou, na segunda-feira (28), sua jornada para conhecer os 196 países do mundo. Robson Jesus pretende registrar o fato no Guinness Book of World Records (Livro dos Recordes Mundiais). "Determinei que seria o primeiro negro a visitar todos os países do mundo e que faria isso com o objetivo de empoderamento da comunidade negra do Brasil afora", conta.
Robson, que se destacou na área da saúde e foi gestor hospitalar do Hospital das Clínicas relata que a decisão de conhecer o mundo inteiro foi tomada após uma viagem para os Estados Unidos, com o objetivo de estudar inglês e a paixão em conhecer e explorar novas culturas.
"Pretendo, no primeiro semestre, visitar todos países asiáticos", conta. O valor estimado da viagem pelo mundo gira em torno de R$ 500 mil e ele possui apenas 20% deste valor, mas iniciou a jornada mesmo assim. "Guardei dinheiro no tempo em que trabalhei no Hospital das Clínicas e também consegui guardar quando estudei fora.
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Para conseguir realizar a viagem até o final, Robson pretende monetizar suas redes sociais por meio do projeto 'O nego vai longe', que tem como objetivo registrar o passo a passo dos destinos do gestor hospitalar. "Inicialmente, eu estou fazendo uma viagem estilo mochilhão, estou passando por algumas cidades turísticas e não tão turísticas, pesquisando sempre o mais barato. A ideia é fazer uma viagem econômica", explicou o aventureiro ao R7.
Além de se estruturar financeiramente, ele segue tendo aulas de história e geopolítica, para não enfrentar fechamento de fronteiras, guerras civis ou outras situações conflituosas.
Atualmente, ele está na Tailândia, seu primeiro destino. Os próximos são Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Vietnã, entre outros. Destinos europeus como a Ucrânia, que atualmente enfrenta uma guerra contra a Rússia, estão previstos apenas para o segundo semestre do ano que vem.
O gestor informou que deve ficar de cinco a sete dias em cada país, e pretende terminar a jornada em no máximo três anos. "A sensação é de otimismo, de poder impactar e inspirar outras pessoas, além da sensação de liberdade em conhecer outras culinárias, povos e culturas."
Robson, que iniciou a viagem sozinho, vai passar todo esse tempo longe da família e dos amigos aqui do Brasil. No entanto, ele conta que conheceu várias pessoas em todos os lugares que passa e isso deixará a jornada mais divertida e proveitosa.
*Estagiária sob supervisão de Fabíola Perez