Decretada prisão de 19 acusados de integrar 'nova cúpula' do PCC
Grupo é formado por 18 homens e uma mulher, detidos após a Operação Sharks, realizada em setembro deste ano
São Paulo|Isabelle Gandolphi e Elizabeth Matravolgyi, da Agência Record
A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira (23) a prisão preventiva de 19 pessoas acusadas de pertencerem à chamada nova cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
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O TJ-SP recebeu a denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) após a Operação Sharks, realizada em setembro deste ano. Na operação, 19 pessoas foram presas, 18 homens e uma mulher. Após a apreensão dos eletrônicos de um deles, a polícia cruzou os dados e identificou participação dos outros 18.
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Operação Sharks
De acordo com o MP, as investigações tiveram início em 2019 e, com as provas colhidas, ficou comprovado que a organização criminosa movimentava mais de R$ 100 milhões por ano em tráfico de drogas e distribuição de valores a seus integrantes.
Além disso, as investigações também apontaram a sucessão das principais lideranças na linha de frente das operações após a transferência dos antigos chefes da organização para presídios federais em 2019.
Para o Ministério Público de São Paulo, a operação é considerada a mais importante desde a remoção de Marcola e demais lideranças para o sistema penitenciário federal. O esquema é investigado também na Bolívia, Paraguai e no continente africano.
Foi o juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, que recebeu a denúncia oferecida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Com isso, foi concedida a prisão preventiva dos criminosos, sendo que um cumprirá em domiciliar, conforme solicitado por sua defesa.
O MP-SP informou que força-tarefa do Gaeco segue trabalhando para encontrar os foragidos e analisa os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a operação.