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Defesa Civil esvazia prédios com rachaduras no Morumbi em SP

Moradores tiveram de deixar as residências de forma repentina e poucos conseguiram sair com malas de roupas

São Paulo|Do R7, com Agência Estado

Moradores tiveram tempo apenas para retirar roupas, documentos e animais de estimação
Moradores tiveram tempo apenas para retirar roupas, documentos e animais de estimação Moradores tiveram tempo apenas para retirar roupas, documentos e animais de estimação

Os moradores do Condomínio Liberte Morumbi tiveram que deixar seus apartamentos, nesta terça-feira (19), após uma nova rachadura aparecer em um dos edifícios. 

No total, duas torres com 106 apartamentos foram interditadas, mas a gravidade do problema na estrutura não foi esclarecida. Técnicos da Defesa Civil estiveram no local e não há previsão de liberação.

De acordo com os residentes, uma nova rachadura apareceu por volta das 14 horas mas com um estalo. A situação voltou a acender o alerta dos moradores, que acionaram as autoridades.

De acordo com a síndica Raquel Morgenstern, as reclamações remetem ao período da entrega das chaves, em 2006. "Lá atrás já haviam sido constatados problemas como fissuras e infiltrações. De lá para cá, a situação só piorou, com o aparecimento de novas rachaduras", disse.

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Segundo ela, os moradores estão desde 2014 processando a construtora pelos problemas e nesta quarta haverá uma audiência do processo.

Leia mais:Quatro crianças morrem em desabamento na Grande São Paulo

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Os moradores tiveram de deixar as residências de forma repentina e poucos conseguiram sair com malas de roupas. Somente foi permitida a entrada para a retirada de animais de estimação.

Na noite desta terça, o publicitário Henrique Neto, de 30 anos, estava na calçada do prédio, onde tem um apartamento alugado aguardando informações ao lado da mulher. "Vi pela TV o que aconteceu e não é dado nenhum prazo para solução", disse ele que dormiria na casa de conhecidos. 

Confira: Moradores relatam drama após prédio rachar na zona sul de SP

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Moradores do Condomínio Liberte Morumbi, no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, estão desalojados há pelo menos 20 horas. Na tarde de terça-feira (19), a Defesa Civil interditou o condomínio e não há previsão para liberação. Os habitantes conversaram com o R7 e relataram o drama de não ter um teto. Construtora responsável, DMF, disse que possui laudo que atesta a estabilidade da obra
A administradora Ana Paula Hofman, de 36 anos, ficou sabendo que seu apartamento estava interditado por volta de 16h, quando uma vizinha lhe mandou mensagem dizendo que havia entrado no apartamento para retirar o seu cachorro. "Parece que não tinha fim da (avenida) Paulista até aqui", conta. Quando chegou ao local, o Lambisco, adotado há três meses, correu para o colo da dona. "O importante é que ele está bem. O resto a gente vai encontrando uma solução", diz, aos prantos
O Condomínio possui duas torres, com 106 apartamentos ao todo. As rachaduras são, majoritariamente, em residências do térreo, dos primeiros andares e na garagem. Hofman mora no térreo, na torre Nice, e não conseguiu entrar no lugar. "Eles não deixaram entrar na minha própria casa. Minhas vitaminas, e as do meu cachorro, estão todas lá", relata
A tradutora Fabiana Ribeiro, de 46 anos, mora no apartamento 81 da torre Djon há cinco anos. Na foto, ela chora ao ver imagens tiradas do local das rachaduras. "Eu tenho uma história nesse lugar. Faz parte da minha vida, e ver agora que está desse jeito, me balança", diz, aos prantos. "A gente fica com esperança de que uma hora vamos poder voltar, mas não sei se isso vai acontecer", indaga
Técnicos da Defesa Civil, do município de São Paulo, estiveram no local e interditaram as duas torres. Não é permitido a entrada de moradores, com exceção da síndica e outros funcionários municipais. A tradutora questiona a construtura responsável pelas obras, DMF, de nem aparecer ao local. "Não tem ninguém aqui. E esses problemas são estruturais, logo é de responsabilidade da construtora", relata
A empregada doméstica Viviane Cristine Moreira, de 50 anos, mora em um puxadinho ao lado do condomínio há 30 anos. Na época da construção, um técnico da construtora DMF havia dito que futuramente uma rachadura de até sete metros podia aparecer, mas que "seria normal". As aberturas, então, apareceram. "E como eu faço agora? Se esse prédio cair, ele cai em cima de mim", diz, assustada com a situação
Moreira mora com uma filha, de 26 anos, no puxadinho. Ao lado, reside outra filha, de 30, que teve um filho há poucos meses. "A gente trabalha tanto pra lutar e ter um teto. Agora isso tudo está acontecendo e a construtora não fez nada. E aí nós que iremos perder", relata
Dona Liura Giangrande possui 70 anos e há sete mora no condomínio Liberte Morumbi. "Eu consegui pegar meus remédios para a bronquite antes de ser despejada", lembra sobre a tarde de ontem. "Desde então estou na rua, com a mesma roupa, mas agora sem casa", diz. A aposentada mora sozinha em um apartamento da torre Nice
Em nota, a construtora DMF informou que "não foi notificada pelas autoridades em relação ao ocorrido no Condomínio Liberte Morumbi". A empresa, apesar de não ter enviado nenhum funcionário ao local na terça-feira e até o início da tarde desta quarta-feira (20), disse que "se encontra à disposição das autoridades locais". O texto também mencionava que o condomínio foi "regularmente entregue em 2005" e que existem "laudos técnicos produzidos posteriormente que atestam a estabilidade estrutural da obra". A empresa disse, também, que disponibilizará um canal de comunicação com os moradores, no entanto, os mesmos dizem que ainda não foi feito

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Moradores do Condomínio Liberte Morumbi, no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, estão desalojados há pelo menos 20 horas. Na tarde de terça-feira (19), a Defesa Civil interditou o condomínio e não há previsão para liberação. Os habitantes conversaram com o R7 e relataram o drama de não ter um teto. Construtora responsável, DMF, disse que possui laudo que atesta a estabilidade da obra
A administradora Ana Paula Hofman, de 36 anos, ficou sabendo que seu apartamento estava interditado por volta de 16h, quando uma vizinha lhe mandou mensagem dizendo que havia entrado no apartamento para retirar o seu cachorro. "Parece que não tinha fim da (avenida) Paulista até aqui", conta. Quando chegou ao local, o Lambisco, adotado há três meses, correu para o colo da dona. "O importante é que ele está bem. O resto a gente vai encontrando uma solução", diz, aos prantos
O Condomínio possui duas torres, com 106 apartamentos ao todo. As rachaduras são, majoritariamente, em residências do térreo, dos primeiros andares e na garagem. Hofman mora no térreo, na torre Nice, e não conseguiu entrar no lugar. "Eles não deixaram entrar na minha própria casa. Minhas vitaminas, e as do meu cachorro, estão todas lá", relata
A tradutora Fabiana Ribeiro, de 46 anos, mora no apartamento 81 da torre Djon há cinco anos. Na foto, ela chora ao ver imagens tiradas do local das rachaduras. "Eu tenho uma história nesse lugar. Faz parte da minha vida, e ver agora que está desse jeito, me balança", diz, aos prantos. "A gente fica com esperança de que uma hora vamos poder voltar, mas não sei se isso vai acontecer", indaga
Técnicos da Defesa Civil, do município de São Paulo, estiveram no local e interditaram as duas torres. Não é permitido a entrada de moradores, com exceção da síndica e outros funcionários municipais. A tradutora questiona a construtura responsável pelas obras, DMF, de nem aparecer ao local. "Não tem ninguém aqui. E esses problemas são estruturais, logo é de responsabilidade da construtora", relata
A empregada doméstica Viviane Cristine Moreira, de 50 anos, mora em um puxadinho ao lado do condomínio há 30 anos. Na época da construção, um técnico da construtora DMF havia dito que futuramente uma rachadura de até sete metros podia aparecer, mas que "seria normal". As aberturas, então, apareceram. "E como eu faço agora? Se esse prédio cair, ele cai em cima de mim", diz, assustada com a situação
Moreira mora com uma filha, de 26 anos, no puxadinho. Ao lado, reside outra filha, de 30, que teve um filho há poucos meses. "A gente trabalha tanto pra lutar e ter um teto. Agora isso tudo está acontecendo e a construtora não fez nada. E aí nós que iremos perder", relata
Dona Liura Giangrande possui 70 anos e há sete mora no condomínio Liberte Morumbi. "Eu consegui pegar meus remédios para a bronquite antes de ser despejada", lembra sobre a tarde de ontem. "Desde então estou na rua, com a mesma roupa, mas agora sem casa", diz. A aposentada mora sozinha em um apartamento da torre Nice
Em nota, a construtora DMF informou que "não foi notificada pelas autoridades em relação ao ocorrido no Condomínio Liberte Morumbi". A empresa, apesar de não ter enviado nenhum funcionário ao local na terça-feira e até o início da tarde desta quarta-feira (20), disse que "se encontra à disposição das autoridades locais". O texto também mencionava que o condomínio foi "regularmente entregue em 2005" e que existem "laudos técnicos produzidos posteriormente que atestam a estabilidade estrutural da obra". A empresa disse, também, que disponibilizará um canal de comunicação com os moradores, no entanto, os mesmos dizem que ainda não foi feito

Moradores do Condomínio Liberte Morumbi, no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, estão desalojados há pelo menos 20 horas. Na tarde de terça-feira (19), a Defesa Civil interditou o condomínio e não há previsão para liberação. Os habitantes conversaram com o R7 e relataram o drama de não ter um teto. Construtora responsável, DMF, disse que possui laudo que atesta a estabilidade da obra

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