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Delegado Da Cunha é indiciado pela Corregedoria por peculato

Licenciado do cargo em agosto, influenciador digital também responderá por crimes contra a honra e abuso de autoridade

São Paulo|Do R7

Da Cunha tem milhões de seguidores nas redes sociais
Da Cunha tem milhões de seguidores nas redes sociais

O delegado Carlos Alberto da Cunha, mais conhecido como Da Cunha, licenciado do cargo desde 16 de agosto, foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo por suspeita de crimes contra a honra, abuso de autoridade e peculato. Esse último é configurado quando um funcionário público tem a posse de um bem público e se apropria dele ou o desvia, em benefício próprio ou de terceiros.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), os indiciamentos se devem à suspeita do “uso indevido da estrutura da Polícia Civil em proveito próprio, objetivando visibilidade em redes sociais e ganhos financeiros indevidos”.

Influenciador digital cujos perfis no Instagram e no YouTube têm 2,1 milhões e 3,6 milhões de seguidores, respectivamente, Da Cunha já havia sido afastado das ruas no fim de julho, e no mês passado se licenciou do cargo. Ele responde a procedimentos administrativos disciplinares junto à Corregedoria.

Em sua conta no Instagram, Da Cunha se defendeu e disse que querem prendê-lo somente porque monetizou seu canal no YouTube.


“Monetizei meu canal há dois meses. Querem me prender porque eu monetizei o Youtube. Não querem prender nem um outro policial youtuber, nem um deputado youtuber. Todos recebem desde sempre. Aí 'o Da Cunha monetizou o canal há dois meses'... me indiciaram por peculato: absurdo. Tem bilhões de reais saindo da administração pública, tem crime organizado [para investigar]”, afirmou Da Cunha.

A SSP-SP emitiu uma nota a respeito do caso de Carlos Alberto da Cunha. Confira na íntegra:


A Polícia Civil do Estado de São Paulo esclarece que o delegado citado licenciou-se do cargo em 16 de agosto/21 e responde a vários procedimentos administrativos disciplinares junto ao órgão corregedor da instituição.

Dois desses processos foram concluídos, com instauração dos respectivos inquéritos, que resultaram no indiciamento do autor pela prática de crimes contra a honra, abuso de autoridade e peculato, crimes relacionados à suspeita de uso indevido da estrutura da Polícia Civil em proveito próprio, objetivando visibilidade em redes sociais e ganhos financeiros indevidos.

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