Dependente químico é morto em clínica de reabilitação em SP
Dois funcionários da clínica do extremo sul de SP foram presos suspeitos de cometerem o crime contra o homem de 33 anos
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A Polícia Civil investiga a morte de um dependente químico que estava internado em uma clínica de reabilitação no extremo da zona sul de São Paulo. As apurações iniciais apontam dois funcionários como suspeitos de terem cometido o crime contra Luan, de 33 anos.
Conforme as investigações, a vítima ficou apenas 10 dias internado. Segundo a polícia, a clínica funciona de maneira irregular. As informações são da Record TV.
"São bandidos. Como tiram a vida de um ser humano com tamanha crueldade? Se ele tivesse morrido de overdose, talvez aceitasse", disse Alverinda Gêmea Santos, mãe da vítima. Segundo a família, o rapaz trabalhava com pintor e era dependente químico há oito anos.
A família internou o rapaz na clínica de reabilizatação no começo de julho. No entanto, os problemas começaram logo no primeiro dia, quando ele foi levado sem o conhecimento dos pais para um endereço diferente do que foi acertado.
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A clínica fica em um lugar de difícil acesso, no extremo da zona sul. Para chegar, é preciso pegar uma balsa, atrevessar a represa Billings. No local, a família acredita que ele foi assassinado por funcionários.
O laudo da necrópsia diz que a causa da morte foi politraumatismo com agente contundente, já que a vítima tinha ferimentos de faca.
"Meu filho foi espancado até a morte. Quando fui reconhecer o corpo, estava todo perfurado: olhos roxos, braços machucados, pernas cortadas e provavelmente quebradas. joelhos marcados como se tivesse levado pauladas corte na cabeça muito grande", diz a mãe.
Depois da morte, foram apresentadas versões diferentes. Primeiro, o dono da clínica disse para família que ele havia sofrido uma parada cardíaca. Depois, a mesma pessoa apresenta uma versão diferente e diz que "foi uma fatalidade, uma burrice aqui de um funcionário, que ficou nervoso aqui, bateu num paciente por causa de uma fuga".
Segundo a família, depois que Luan foi agredido por dois funcionários, ele foi deixado inconsciente na clínica por pelo menos sete horas antes de ser levado ao hospital. O rapaz chegou ao pronto-socorro com parada cardiorespiratória e morreu pouco depois.
Os dois funcionários suspeitos foram presos temporariamente, mas a clínica continua funcionando normalmente, mesmo estando irregular.