Diretor do Instituto Butantan passa a coordenar testes de coronavírus
Plataforma criada deverá fazer diagnóstico, avaliações técnicas para aquisição de insumos, avaliar efetividade de testes e providenciar distribuição de testes
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, assume a coordenação dos testes para o novo coronavírus em São Paulo. A informação foi publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (2). Ele é professor titular de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.
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"Fica instituído no Estado de São Paulo, no âmbito da secretaria de Estado da Saúde, sob a coordenação do diretor do Instituto Butantan, a Plataforma de Laboratórios incumbidos da realização de diagnóstico do novo coronavírus."
De acordo com a publicação, caberá à plataforma as seguintes responsabilidades: realizar o diagnóstico do coronavírus, proceder avaliações técnicas para aquisição de insumos, avaliar a relação custo versus efetividade dos insumos e testes disponíveis no mercado, providenciar a distribuição de insumos e testes, de acordo com a situação epidemiológica, definir protocolos de trabalho, (fluxos) para o sequenciamento genético e investigaçõ do perfil do vírus no território nacional.
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Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (1º), o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann disse que os 201 óbitos fazem parte dos 16 mil exames retidos, que aguardam resultado no instituto Adolfo Lutz, que faz a confirmação do diagnóstico.
"O número de exames hoje que estão represados são de 16 mil exames. Desses, 201 são óbitos que já ocorreram", afirmou Germann. "Uma parcela desses 201 óbitos acumulados vai dar positivo. São pessoas que estavam com covid-19 e que não foram confirmadas na época do óbito", afirmou ele.
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De acordo com o Diário Oficial, o Instituto Adolfo Lutz tem a atribuição de implantar o Biobanco-Covid-19, que deverá armazenar e gerenciar as amostras clínicas positivas para o novo coronavírus, com rastreabilidade e qualidade, garantir a segurança e as adequações técnica, ética e jurídica do acervo e das informações associadas de acordo com legislação vigente e, por fim, propiciar o desenvolvimento de protocolos de pesquisa no Instituto.