Dois são presos por comercializar máscaras falsas contra covid-19
Cerca de 15 mil produtos tinham especificações da N95, mas não protegiam contra o coronavírus. Dupla foi presa por estelionato
São Paulo|Rafael Custódio e Mariana Rosetti, da Agência Record
Dois homens, de 41 anos, foram presos após serem flagrados comercializando máscaras falsas que não protegem contra a covid-19, no Pari, na zona leste de São Paulo, nesta segunda-feira (19).
Um dos suspeitos pegava informações e especificações das máscaras N95 para criar caixas dos protetores faciais falsificados. Ambos vendiam máscaras destinadas a funileiros e pintores, sem proteção comprovada contra o coronavírus, como se fossem o modelo amplamente recomendado pelas entidades de saúde.
Para que a venda não levantasse suspeitas, a dupla também falsificou as embalagens. As caixas diziam conter em seu interior máscaras N95 e possuíam até número de CNPJ, que pertencia a um bar, em Minas Gerais. No entanto, havia máscaras comuns, que não protegem contra o vírus, que já matou mais de 373 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.
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De acordo com o delegado Arariboia Fusita Tavares, do 12º Distrito Policial do Pari, a dupla foi presa em flagrante por estelionato. As máscaras faciais falsas eram compradas por, aproximadamente, R$ 0,30 e revendidas, segundo estima o delegado, a R$ 46.
Os estelionatários teriam mais de R$ 400 mil de lucro, tendo em vista que 15 mil máscaras foram apreendidas pela polícia.
A Polícia Civil investiga agora se o material chegou a ser revendido para hospitais e se outras pessoas estavam envolvidas no esquema. O caso foi registrado no 12º DP.