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Dona de clínica é presa por manter pacientes em cárcere privado

Segundo o MP-SP, acusada está detida na Penitenciária Feminina 2 de Tremembé (SP). Dois funcionários também foram presos

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Clínica mantinha pacientes em cárcere privado, em Pindamonhangaba (SP)
Clínica mantinha pacientes em cárcere privado, em Pindamonhangaba (SP)

A proprietária da clínica de reabilitação Resulta, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, foi presa preventivamente, acusada sequestro e cárcere privado de 43 pacientes. Segundo informações do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) Danielle do Amaral Calino foi levada para a Penitenciária Feminina Tremembé 2. O estabelecimento foi autuado e interditado.

O promotor de Justiça Jaime Meira do Nascimento Junior, do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) solicitou a detenção da acusada por suspeita de "alterar a verdade dos fatos ao tentar influir testemunha ex-paciente a mentir perante o Juízo".

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De acordo com a denúncia, o estabelecimento — voltado ao atendimento de dependentes químicos — mantinha boa parte dos pacientes internada contra a própria vontade há mais de 90 dias. Também teriam sido localizados medicamentos de uso controlado dentro de um automóvel supostamente de propriedade de um dos pacientes.

As pessoas eram trancadas e relataram às autoridades dificuldades para entrar em contato com parentes. O ator Sérgio Hondjakoff, conhecido por interpretar o personagem Cabeção, em Malhação (TV Globo), foi paciente no estabelecimento.


Castigos psicológicos

Ainda conforme o relatório do MP, outros dois funcionários da clínica também foram presos em flagrante. Ambos agiriam sob as ordens de Danielle e, todos os dias, trancavam as vítimas no interior dos quartos, após o almoço, no final da tarde e durante a noite.

As vítimas eram obrigadas a assinar um termo de internação voluntária, mesmo quando chegavam ao local contra a própria vontade, além de serem impedidas de deixar a clínica. Os pacientes também não podiam avisar familiares por telefone ou durante as visitas sobre a situação que vivenciavam, pois as ligações e as visitas eram vigiadas pelos funcionários da clínica.

"Caso as vítimas tentassem fugir ou comunicar seus familiares sobre a lastimável situação, sofriam castigos e agressões psicológicas", revelou o Ministério Público. As privações teriam durado mais de 15 dias.

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