'Ele não é intocável', diz delegada que participou da prisão do empresário Thiago Brennand
Empresário milionário estava foragido da Justiça desde setembro, ao se tornar réu por agredir modelo em academia de SP em agosto
São Paulo|Do R7, com informações Record TV
Após a prisão do empresário milionário Thiago Brennand nos Emirados Árabes, na noite desta quinta-feira (13), a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, que atuou na prisão, disse que espera que mais vítimas o denunciem a partir de agora. "Ele não é intocável", disse ela em entrevista à Record TV.
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Brennand, de 42 anos, foi preso em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, na noite da quinta-feira, mas a informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (14). Acusado de violência contra mulheres e de crimes sexuais, o milionário estava foragido desde o dia 27 de setembro. Ele havia sido flagrado por câmeras de segurança ao agredir a modelo Helena Gomes em uma academia em São Paulo.
"Não precisou de denúncia anônima para encontrá-lo. Ele diz onde ele está nos vídeos. Foi um trabalho da nossa Polícia Federal com a polícia local para localizá-lo", diz ela. A partir de agora, o Ministério da Justiça do Brasil, segundo a delegada, entra nos trâmites para extraditar o empresário para o Brasil. Quando estiver em território nacional, ele responderá à polícia de São Paulo.
Em relação ao vídeos publicados pelo empresário, a delegada afirma que interpretou como um ato de deboche. "A gente vê como um deboche, a desfaçatez", diz. "É improvável que pessoas tenham combinado histórias absurdas. As filmagens são muito claras. Várias mulheres contam que ele as obrigava a manter relações sexuais sem camisinha", afirmou Ivalda.
"São muitas vítimas. Elas teriam de se conhecer para que houvesse alguma armação. Acho muito improvável isso acontecer", afirmou a delegada. Agora, a policial acredita que a prisão de Thiago Brennand deverá encorajar outras mulheres anteriormente intimidadas. "Ele as obrigava a tatuar as iniciais do nome dele numa verdadeira sessão de tortura, como se o corpo da mulher também fosse objeto dele."