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Elize Matsunaga será interrogada pela Justiça em janeiro

Depoimento de modelo apontada como pivô de briga foi adiado

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

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Veículo com a bacharel em direito Elize Matsunaga chega ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira
Veículo com a bacharel em direito Elize Matsunaga chega ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira

Acusada pelo esquartejamento e morte do empresário Marcos Matsunaga, Elize Matsunaga, será interrogada pela Justiça apenas no dia 30 de janeiro. Mulher da vítima, ela só será ouvida após o depoimento de todas as testemunhas do caso.

A data foi marcada hoje após a defesa da modelo Natália Vila Real, apontada como o pivô da briga entre o casal, confirmar que ela vai prestar depoimento à Justiça, mas não nesta terça-feira (11), como estava previsto. 


A terceira audiência de instrução do caso acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo. A babá da filha do casal, Mauriceia José Gonçalves dos Santos, será a única a ser ouvida nesta terça-feira.

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Vinhos caros fizeram Elize parar reconstituição

Natália foi convocada pela defesa. Ela já havia sido convocada na última audiência, em novembro, mas não foi localizada. Segundo informações da assessoria de comunicação do TJ-SP (Tribunal de Justiça), foi encontrado um endereço em nome da modelo em Fortaleza.


Na porta do fórum, o advogado da modelo, Roberto Parentoni, afirmou que ela não recebeu nenhuma convocação para depor.

— Minha cliente não compareceu hoje porque não foi intimada. Foi expedido uma carta precatória e nós ficamos sabendo da audiência pela imprensa.


O advogado comunicou ao juiz que Natália gostaria de estar presente na audiência. Ela vai comparecer independentemente da intimação. De acordo com ele, a modelo está "dentro do Estado de São Paulo" e ainda não foi informada sobre a audiência.

Sem dar detalhes, Parentoni afirmou que Natália "teme pela própria vida". Segundo ele, a jovem recebeu ameaças na época do crime, mas não especificou de onde partiram as intimidações, e disse que as informações serão esclarecidas apenas após o depoimento de sua cliente.

— Ela passou dissabores na época do ocorrido. Ela vai trazer o real caso, o temor dela. Isso vai estar nos autos.

Parentoni voltou a negar que Natália tenha trabalhado como garota de programa e que ela e Marcos tinham "um relacionamento sério". Sobre o fato de o empresário e Elize serem casados na época, o advogado falou que eles estavam separados de fato.

Ainda que Elize fosse ouvida hoje, a Justiça só irá decidir se ela vai ou não a júri popular no ano que vem. Após as audiências, defesa e acusação terão até 15 dias para apresentar as argumentações finais, e o juiz terá dez dias para proferir a sentença.

O caso

O empresário, herdeiro da Yoki Alimentos, foi encontrado morto e esquartejado na Estrada dos Pires, numa região rural, em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. O corpo foi encontrado, cerca de uma semana após o desaparecimento, cortado em pedaços e colocado em sacolas plásticas.

A mulher do empresário, Elize Matsunaga, 30, confessou o crime e o esquartejamento no dia 6 de junho. A Polícia Civil afirmou que o assassinato pode ter tido motivação passional. De acordo com as investigações, Elize suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. O profissional confirmou a traição. De acordo com a versão da mulher, Matsunaga foi morto com um tiro após uma discussão entre o casal, onde ela teria sido agredida. Depois, ela esquartejou sozinha o corpo e guardou os pedaços em sacolas plásticas. A câmera de segurança do elevador do prédio onde ela vivia com o marido mostrou Elize saindo de casa com três malas. Ela confirmou à polícia que o corpo do marido estava nas malas.

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Assista ao vídeo:

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