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Em ato na Paulista, Bolsonaro exibe bandeira de Israel e Michelle chora ao discursar

Evento reúne diversos aliados do ex-presidente; ex-primeira dama agradeceu aos governadores e parlamentares presentes

São Paulo|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Ex-presidente Jair Bolsonaro empunha bandeira de Israel
Ex-presidente Jair Bolsonaro empunha bandeira de Israel Reprodução / X

O ex-presidente Jair Bolsonaro empunhou uma bandeira de Israel ao subir no trio elétrico no ato em defesa dele, que ocorre na avenida Paulista na tarde deste domingo (25). A ex-primeira dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, chorou ao discursar.

Michelle agradeceu aos governadores presentes e ao público. "Não tem como não se emocionar tendo o exército de Deus nas ruas, tendo o exército de homens e mulheres patriotas que não desistem de sua nação," disse Michelle. "Nós abençoamos o Brasil, nós abençoamos Israel, em nome de Jesus, amém," disse a ex-primeira dama ao encerrar o discurso.

Os manifestantes foram ao ato vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e de Israel. Em outras manifestações de outros anos era comum achar faixas e cartazes com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não foram identificados desta vez. 

Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estão presentes, segundo Michelle, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e a vice-govenadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas). 


Alguns aliados não puderam comparecer em decorrência de medida expedida por Alexandre de Moraes, que proíbe o contato entre investigados com o político, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os generais Heleno e Braga Netto entre outros.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) realizam uma manifestação, em defesa do ex-presidente, que é investigado pela Polícia Federal por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os manifestantes foram ao ato vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e de Israel. Diferente de outras manifestações, faixas e cartazes com ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) não foram vistos.


Silêncio em depoimento à Polícia Federal

Bolsonaro ficou calado em durante o depoimento à Polícia Federal na última quinta-feira (22) em Brasília. O ex-presidente se recusou a falar sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. A defesa dele pede acesso total à investigação e à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O Jornal da Record confirmou que o general Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, também ficou em silêncio.

Os ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também prestaram depoimento. As oitivas aconteceram de maneira simultânea, técnica utilizada para dificultar a troca de informações entre os investigados.


No início do mês, o ex-chefe do Executivo e aliados foram alvo de uma operação da corporação, que cumpriu mandados de busca e apreensão em dez estados. Na época, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal no dia 8 de fevereiro.

Essa é a sétima vez que o ex-presidente foi intimado para prestar depoimentos na PF desde que deixou a Presidência. A defesa tentou adiar a ida à PF, mas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou os pedidos em três ocasiões.

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