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Escola alvo de ataque em SP retomará as aulas com plano de acolhimento nesta segunda-feira

Estudante, de 13 anos, invadiu a unidade com uma faca e matou a professora de Ciências Elisabeth Tenreiro, além de deixar 4 feridos

São Paulo|Do R7

Escola Estadual Thomazia Montoro foi alvo de ataque em 27 de março
Escola Estadual Thomazia Montoro foi alvo de ataque em 27 de março

Após duas semanas do ataque, que terminou com uma professora morta e quatro feridos, a Escola Estadual Thomazia Montoro retomará as aulas com plano de acolhimento a alunos e pais nesta segunda-feira (9). 

Hoje, três turmas com cerca de 90 alunos e os responsáveis serão recebidos com apoio de equipes multiprofissionais de saúde. O plano é promover atividades pedagógicas por meio de oficinas de arte e grafitagem para repaginação da escola com todos os estudantes.

A partir de terça-feira (11), as atividades escolares serão tomadas. Durante a semana, os alunos também participarão de rodas de conversas, oficinas de consciência corporal, jogos colaborativos, entre outras tarefas.

De acordo com o governo estadual, a Escola Estadual Thomazia Montoro contará com reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar, além do apoio do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura.


Depois do ataque, segundo a gestão do governador Tarcísio de Freitas, a escola foi revitalizada e recebeu investimento de 200 mil reais em recursos para manutenção, pintura e pequenos reparos.

Ataque

Em 27 de março, um adolescente, de 13 anos, atacou e feriu com uma faca quatro docentes e um aluno na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. O ataque ocorreu por volta das 7h30, quando as aulas já tinham começado. 


A professora de ciências Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ela era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz, e, desde 2013, passou a se dedicar ao ensino de crianças.

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A Polícia Civil acredita que o aluno tenha premeditado o crime. Ele teria feito postagens nas redes sociais em que informava que "se vingaria". Uma aluna explicou que a briga entre os dois estudantes envolvidos começou na semana passada, e por isso o agressor teria levado uma faca para se vingar.


Na casa do adolescente, a polícia localizou uma arma de air soft, outras máscaras, bilhetes e manuscritos, de acordo com o delegado Marcos Vinicius Reis, do 34° Distrito Policial, responsável pela investigação. O material foi apreendido e encaminhado à perícia.

Efeito contágio

Depois do episódio, a Polícia Civil de São Paulo identificou 279 planos de possível ataque a escolas no período de uma semana. Os casos foram registrados tanto no ambiente virtual quanto no escolar.

O Governo de São Paulo adverte que o compartilhamento de fotos e vídeos de casos de violência no ambiente escolar pode servir de gatilho para outros atentados. Esse fenômeno é conhecido como “efeito contágio”.

Segundo psicólogos, uma das maneiras de evitar esse estímulo é não oferecer protagonismo ao agressor, impedindo uma possível glorificação dele pelos jovens, especialmente nas redes sociais.

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