O Governo de São Paulo anunciou neste sábado (4) que desocupou as 10 escolas que abrigaram as famílias que perderam suas casas em São Sebastião, devido às fortes chuvas no feriado prolongado do carnaval.
De acordo com a Defesa Civil, os aproximadamente 1 mil desabrigados do litoral norte foram transferidos para hotéis e pousadas das regiões de Juquehy, Sahy e Boiçucanga. A ideia é que as aulas retornem nas escolas que estavam servindo de abrigo até agora.
Até o momento, 65 óbitos foram confirmados, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba. Já foram identificados e liberados para o sepultamento 57 pessoas. São 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças.
Desde domingo, as unidades de Saúde do Estado no Litoral Norte estão em alerta para receber os possíveis feridos do desastre que atingiu a região. Outras unidades de saúde da Baixada Santista, Alto Tietê e da Capital também estão aptas a receber os feridos. A SES acrescenta que todos os pacientes atendidos tiveram os familiares localizados pela assistência social da unidade.
Abastecimento de água
A Sabesp vai atender com sistema de abastecimento de água até o fim do ano os bairros de Barra do Sahy, Baleia e Camburi/Cambuzinho, em São Sebastião, no Litoral Norte. Os investimentos da Companhia vão se juntar aos esforços do Governo de São Paulo para reconstruir a região após as fortes chuvas no carnaval.
Cerca de seis mil imóveis nessas localidades serão conectados à rede da empresa. Os investimentos serão de R$ 27 milhões em estruturas de abastecimento, como reservatório e 68 km de rede. As obras terão início neste mês, com conclusão prevista em dezembro.
Doenças
A Prefeitura de São Sebastião lançou um comunicado nas redes sociais em que alerta a população para os riscos do consumo de água contaminada. Segundo a prefeitura, foi detectada no município alta de 30% dos casos de gastroenterite, doença ligada ao consumo de água de baixa qualidade. A doença pode provocar vômito, diarreia e náuseas, com risco de desidratação e morte, caso a pessoa infectada não receba o tratamento adequado.
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No comunicado, a prefeitura adverte que a contaminação da água pode provocar doenças como cólera, febre tifoide, hepatite A e leptospirose. Pode haver contaminação não só pela ingestão de água não tratada, como também pelo contato de mucosas ou lesões com a lama ou com a água. As pessoas que apresentarem sintomas devem buscar atendimento médico.