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Estudante de medicina morre a caminho da faculdade após motorista invadir contramão em SP

Homem disse à polícia que cochilou no volante e foi para a pista contrária; vídeo mostra outra versão, e família de Catarina contesta

São Paulo|Do R7, com Record TV

Catarina Mercadante, de 22 anos, morreu no local; corpo dela ficou preso nas ferragens
Catarina Mercadante, de 22 anos, morreu no local; corpo dela ficou preso nas ferragens

A estudante de medicina Catarina Torres Mercadante Leite do Canto, de 22 anos, morreu enquanto estava a caminho da faculdade após o carro em que estava ser atingido por uma caminhonete, na rodovia Rashid Rayes (SP-333), em Echaporã, no interior de São Paulo, no último domingo (29).

Um vídeo gravado de modo despretensioso por outro motorista, presente na via, mostra a passagem arriscada do homem, de 20 anos, que conduzia a caminhonete. Ele passa em alta velocidade na contramão e, segundos depois, atinge o carro de Catarina.

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Apesar de os dois veículos terem ficado completamente destruídos, é possível ver nas imagens que o homem consegue sair da caminhonete e aparece andando. O resgate foi chamado por volta das 19h30, e a morte de Catarina, constatada ainda no local. O corpo dela chegou a ficar preso nas ferragens.

Para a polícia, o homem disse que teria cochilado no volante e acabou invadindo a pista contrária. Ele foi submetido a um teste de bafômetro, que deu negativo.


A família da vítima, por outro lado, contesta a versão dele, justamente por conta do vídeo, que mostra o motorista em alta velocidade.

O trecho em que houve a batida está em obras e possui pista simples em ambos os sentidos de tráfego, com faixa contínua, ou seja, situação em que não são permitidas ultrapassagens.


A família de Catarina contratou um advogado e processou o motorista. Eles esperam que o homem responda por homicídio doloso, quando a pessoa assume o risco de matar. De acordo com o advogado, "é preciso que haja punição para que as pessoas se conscientizem dos perigos da direção imprudente".

De acordo com o advogado que representa o motorista que causou o acidente, a versão dele sobre os fatos só será dada em juízo, depois que todas as provas forem apresentadas. Ainda segundo o profissional, o homem está confuso e também foi levado para o hospital.

A reportagem procurou a SSP (Secretaria de Segurança Pública), mas, até o momento, o órgão ainda não disse como o caso foi registrado. A Polícia Civil de Echaporã investiga as circuntâncias do acidente.

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