Estudo revela que variante indiana do coronavírus não circula em SP
Segundo prefeitura, 90% dos casos na capital são da cepa de Manaus. Análises são feitas com 250 amostras toda semana
São Paulo|Do R7
Um estudo da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Instituto Butantan, Instituto Adolfo Lutz e o Instituto de Medicina Tropical da USP, que analisam as novas variantes do coronavírus em circulação, revelou que, até esta segunda-feira (14), não foi constatado nenhum registro da variante B.1.617, a indiana, na capital paulista.
Os dados foram apresentados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, durante uma visita à barreira sanitária instalada no terminal Tietê, na zona norte da cidade.
A análise das amostras rastreadas mostra que a variante P1, de Manaus, corresponde a mais de 90% do total verificado entre os meses de abril e maio. Em março deste ano, o índice era de 79%.
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“Há mais de 30 dias, todas às segundas-feiras, nós enviamos 250 amostras de testes covid positivo colhidos em toda a cidade. É feito o sequenciamento genético pelos institutos. Na semana passada conclui-se o estudo dos testes enviados e nós não temos nesse momento a circulação da variante indiana na cidade de São Paulo”, afirmou o secretário Edson Aparecido.
Desde o mês passado, a Secretaria da Saúde intensificou as ações de prevenção da Sars-Cov-2 no município, com controle de entrada das novas variantes.
Segundo a prefeitura, a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) orientou mais de 85 mil pessoas nas barreiras sanitárias implementadas nos terminais de ônibus, no aeroporto de Congonhas e em terminais de cargas.
De acordo com o prefeito, a administração trabalha em três frentes: barreiras sanitárias, ampliação de leitos e vacinação da população.
“A gente está aprimorando o atendimento, mas tem algo fundamental que é uma questão psicológica e cultural das pessoas chegarem em São Paulo, todas sendo abordadas com medição de temperatura e álcool em gel. A pandemia não acabou. É importante que as pessoas tenham essa preocupação”, disse Ricardo Nunes.