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Ex tinha prometido "surra" a jovem morta dentro de cela, diz mãe

Mulher foi morta no último sábado (15) no CDP I de Osasco, na Grande SP. A SAP informou que “a mulher não apresentava marcas e lesões aparentes”

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Jovem foi encontrada morta dentro de cadeia de SP
Jovem foi encontrada morta dentro de cadeia de SP

Uma jovem de 23 anos foi encontrada morta dentro da cela do ex-namorado durante o período de visitação no CDP (Centro de Detenção Provisória) I de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, no último sábado (15). Em entrevista ao R7, a mãe da vítima contou que o ex-companheiro havia prometido uma "surra" na jovem.

Amanda Karyne Teixeira tinha terminado o relacionamento com o preso há cerca de três semanas por carta. Em seguida, o homem insistiu para vê-la pessoalmente e pediu que ela fosse ao CDP. Também requisitou que ela levasse a filha do casal, de um ano e quatro meses de idade.

No sábado, Amanda visitou o detento juntamente com a filha. Por volta de 16h27, um dos presos solicitou atendimento médico para a jovem. Os agentes penitenciários “retiraram a visitante inconsciente e respirando com dificuldades”.

Cerca de seis minutos depois, às 16h33, a jovem foi encaminhada ao Hospital Regional de Osasco, onde chegou sem vida. A médica que atendeu Amanda não atestou a provável causa da morte. Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde não respondeu o motivo.


“Eu tenho certeza que foi ele quem matou a minha filha dentro da cadeia”, disse a mãe da jovem Marcia Cristina. “Se minha filha estivesse no pátio todo mundo teria visto, agora só perceberam depois que ele chamou atendimento”, complementa.

Extremamente abalada, Marcia lembra que o preso chegou a dizer, meses atrás, que iria “dar uma surra nela (Amanda) quando ela viesse ao presídio”. A mãe da vítima conta também que minutos antes de Amanda sair para ir na visita a avó implorou para que ela não fosse. “Ela estava com um pressentimento ruim”, diz.


Marcia diz ao R7 que o ex-namorado da filha foi colocado em uma área do presídio chamado de “castigo”. Questionada sobre o motivo, ela diz: “porque ele matou a Amanda? A polícia sabe que foi ele”. Procurada, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não informou se, de fato, o detento está preso no castigo.

A mãe de Amanda conta que o preso já agrediu sua filha antes. “Essa não foi a primeira vez. Por isso ela terminou com ele, porque ele não presta”, disse. “Agora, não tem mais Amanda."


O jovem está preso há quatro meses por assaltos a estabelecimentos comerciais.

Por meio de nota, a SAP informou que “a mulher não apresentava marcas e lesões aparentes”. Disse, também que foi solicitado a realização de exame necroscópico para saber a causa da morte, além de que foi “instalado procedimento de apuração preliminar para a devida elucidação dos fatos”.

Procurada pela reportagem do R7, a Secretaria de Saúde não respondeu ao questionamento formalmente. Apenas explicou, por telefone, que a médica seguiu os protocolos padrões e que a causa da morte deve ser atestada pelo IML (Instituto Médico Legal). 

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