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Família denuncia prisão injusta de jovem negro na Grande São Paulo

Câmeras de segurança mostram o suspeito em outro ponto no momento do roubo que foi acusado e preso, há 4 meses

São Paulo|Letícia Dauer, da Agência Record

Leonardo, de 26 anos, foi acusado de roubo, mas família denuncia prisão injusta
Leonardo, de 26 anos, foi acusado de roubo, mas família denuncia prisão injusta

A família de Leonardo Coutinho de Freitas, de 26 anos, denuncia a prisão injusta do jovem negro, ocorrida em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, em janeiro desde ano.

De acordo com a denunciante, Aline, o seu marido está preso há quatro meses no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Suzano, também na região metropolitana, acusado de roubar um veículo, no 21 de janeiro, por volta das 20h, no bairro Jardim das Oliveiras, na zona leste da capital paulista.

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No entanto, imagens de câmeras de segurança, obtidas pela família, mostram que Leonardo estava caminhando pelo bairro Jardim Mirai, em Itaquaquecetuba, no momento do crime. Desta forma, o jovem não poderia ter participado da ação.

Leonardo é ajudante de pintor e, nas horas vagas, trabalha como tatuador em seu estúdio, localizado na rua Londrina, também no bairro Jardim Mirai. Ele e Aline estão casados há dez anos e têm um casal de filhos.


No dia da prisão, Leonardo tinha um cliente agendado que faria uma tatuagem. Se aproximando do horário da sessão, ele foi a pé até a residência chamá-lo.

O primeiro circuito de segurança registrou o jovem tatuador caminhando junto com um amigo pela rua Progresso, onde ele e Aline moram. Ele estava vestindo um boné azul, camiseta cinza e calça preta.


Outro vídeo gravou Leonardo em frente à casa do cliente, na rua Principal. Apesar do registro da imagem ser das 19h47, o horário correto da câmera é 20h15, de acordo com a denunciante.

Como o cliente ainda estava tomando banho, Leonardo decidiu esperá-lo na rua. Após alguns minutos, um carro, que havia sido roubado, passou em alta velocidade, sendo seguido por viaturas da Polícia Militar.


Segundo Aline, em determinado momento, os suspeitos pararam e continuaram a fuga a pé pela Rua Torres, que cruza com a Rua Principal.

Imagens de segurança mostram o suspeito em outro ponto no momento do crime
Imagens de segurança mostram o suspeito em outro ponto no momento do crime

Os policiais não conseguiram deter ninguém e pediram reforços. Após a chegada de outras viaturas, agentes, que não participaram da perseguição, acusaram Leonardo de ter participado do assalto. Um dos suspeitos era negro como ele.

Em seguida, Leonardo foi levado para a delegacia, onde o dono do automóvel não o reconheceu. Entretanto, ele afirmou aos policiais "não estou nem aí, vou reconhecer mesmo". Desde então, o jovem está preso no CDP.

A família de Leonardo pede ajuda da Record TV para provar a sua inocência.

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