O arrastão realizado nos arredores do estádio do Morumbi, na zona oeste de São Paulo, após o primeiro show da banda mexicana Rebelde na cidade, assustou fãs que desejam realizar o sonho de ver o grupo ao vivo. E quem comprou ingresso para assistir às próximas apresentações teme ser vítimas de roubo e pede mais policiamento. Os próximos shows do RBD na capital paulista ocorrem na quinta-feira (16), sexta (17), sábado (18) e domingo (19), desta vez no Allianz Parque, na região da Pompeia. No primeiro dia, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram registradas ao menos 15 ocorrências de furto. •Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp •Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp •Compartilhe esta notícia pelo Telegram •Assine a newsletter R7 em Ponto "O arrastão do primeiro show me preocupa muito, quero saber como vai ser a segurança, tanto na entrada quanto na saída", relata a estudante de ciências aeronáuticas Raíssa Toni, de 24 anos. A jovem comprou o ingresso para ver o show do RBD na próxima sexta-feira (17) há meses. E afirma estar muito ansiosa para realizar o sonho de infância. Mas teme que situações de violência se repitam e façam esse momento especial ser traumatizante. "É uma banda que sempre tive o grande sonho de poder assistir, e pensar que existem pessoas ali para se aproveitar da situação para roubar é muito triste", opina a estudante. "Quando eu era pequena, gostava de assistir aos vídeos [do RDB], tinha DVDs, acessórios... e hoje, depois de 15 anos, é a realização de um sonho da Raíssa criança", completou. Gabriela Biscotto, de 26 anos, comprou ingresso para o show que ocorrerá no sábado (18). A advogada afirma que, apesar de eventos como este assustarem, não pode deixar de participar da apresentação da banda, que demorou tanto tempo para acontecer. Ela ressalta que o que acontece no trajeto não diminui o trabalho dos artistas. "As pessoas assaltadas ficaram, sem dúvidas, com medo, tristes e impotentes: não diminuo o sentimento delas. Inclusive, elas terão uma recordação ruim sobre o dia do show, mas espero que não sobre o show em si. Assim, se o sonho era ver a banda, esse sonho se concretizou e espero que o show tenha sido ótimo", diz. O arrastão do primeiro show na cidade serviu como um "insight" para Gabriela, que pretende levar consigo apenas um celular antigo, para se comunicar e tirar fotos, e um cartão "com limite bem baixo". Gabriela ainda conta que a família nunca teve dinheiro para levá-la a algum show deles, nem sequer teve um CD da banda. Apesar disso, o RBD foi uma parte significativa de sua infância. "Me reunia com as minhas amigas e criava coreografias para as músicas. Fingíamos que éramos membros da banda e cada uma tinha seu papel", relembrou. Agora, vê-los no sábado "será um presente para a Gabi criança e uma conquista para a Gabi adulta". "Será um momento muito forte — e espero que muito bonito — de memória afetiva", completou a advogada.