Flagrada em festa clandestina, modelo manda policiais 'pra favela'
Sem máscara, influenciadora Liziane Gutierrez se irrita com agentes que interromperam festa com 500 pessoas em São Paulo
São Paulo|Do R7
Imagens gravadas durante a ação da força-tarefa do estado de São Paulo em uma festa clandestina com mais de 500 pessoas em um escritório de advocacia nos Jardins, região nobre da cidades, na madrugada do domingo (11), mostram a modelo e influenciadora Liziane Gutierrez gritando com policiais que trabalhavam na operação. "Vai pra favela", disse ela sem usar máscara, equipamento de proteção contra a pandemia do coronavírus.
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Em um post pelas redes sociais, a modelo afirmou que se pronunciará "em breve" sobre o assunto. "Pessoal, em breve vou falar sobre o assunto, não é o momento. Vou esperar as coisas se acalmarem um pouco pra não gerar mais polêmica", disse. "Eu sou sincera e sempre vou ser; tô mal com essa situação e por ter vídeos fora do contexto. Hoje 19:00 vou fazer uma live e a gente conversa, deixem eu me explicar, depois vcs me criticam", declarou.
"Vai tomar conta de quem torra. Vai pra favela, vai pra aquela favela", disse ela aos policiais que interrompiam o evento que teve a participação da dupla sertaneja Matheus e Kauan. Na abordagem, as equipes encontraram drogas no local.
A festa fechada pela polícia ocorria dentro do escritório de advocacia Adib Abdouni Advogados, na rua Canadá, no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste da capital. Para entrar, era cobrado o valor de R$ 800 para mulheres e R$ 1.500 homens. No estacionamento, as equipes encontraram inúmeros carros de luxo.
A Vigilância Sanitária recebeu mais de cem denúncias da festa realizada neste escritório, que frequentemente promovia eventos clandestinos com artistas famosos e garantia aos convidados que o local não seria fiscalizado pela polícia. O valor cobrado pelo ingresso chegou a ser de até R$ 1,6 mil.
"Um local que tinha que dar exemplo de não fazer festa infelizmente promove um evento desse tipo com quase 500 pessoas sem máscaras. Temos que ter consciência do que está acontecendo em São Paulo e no Brasil inteiro. Isso é um mau exemplo", afirmou o Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, Diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).
A organizadora do evento foi levada para a delegacia e os frequentadores da festa foram liberados. Os eventos acontecem em meio a maior crise sanitária enfrentada mundialmente. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde divugados no último sábado (10), 532.893 pessoas morreram em decorrência do vírus.