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Fortes chuvas interditam parcialmente rodovia Rio-Santos, no litoral de São Paulo

Defesa Civil e CGE alertam para deslizamentos, inundações, alagamentos, enxurradas e raios até sexta-feira (16)

São Paulo|Do R7

Chuvas intensas devem continuar até a sexta
Chuvas intensas devem continuar até a sexta

A rodovia Rio-Santos, no litoral de São Paulo, foi interditada nesta terça-feira (13) por conta das fortes chuvas que atingiram a região. A estrada funciona no sistema de pare e siga em dois pontos de São Sebastião e em um trecho entre Maresias e Boiçucanga.

CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência) aponta que as precipitações intensas devem continuar até a sexta-feira (16), e a Defesa Civil alerta para riscos de inundações, alagamentos, enxurradas.

Na Capital, Região Metropolitana de São Paulo e Sorocaba, a previsão é de queda d’água moderada. Já a Baixada Santista, Litorais Sul e Norte e Vale do Ribeira, são os principais pontos atingidos pelas fortes chuvas. 

As praias de Juquehy e da Barra do Sahy, no município de São Sebastião, litoral sul – devastadas pelas chuvas em fevereiro deste ano – são alvo novamente. A região enfrenta alagamento e está em estado crítico.


Segundo o prefeito Felipe Augusto, todas as forças de segurança, serviços de urgência e emergência estão em alerta máximo. A Defesa Civil foi acionada para dar suporte à região. 

O engenheiro civil Luciano Machado, especialista em geotecnia, diz que chuvas intensas não são comuns no mês de junho. "Essa precipitação que durará a semana toda é resultado da transição do fenômeno La Niña para o El Niño, além da situação climática instável a qual vivemos nos últimos anos". 


No El Niño, as águas do oceano Pacífico aumentam de temperatura. O fenômeno faz com que a região Norte e Nordeste do Brasil tenham secas severas, enquanto o Sul e Sudeste sofrem o processo inverso. 

O especialista acredita que as chuvas de junho não terão as mesmas proporções das do mês de fevereiro que abalaram a região Sudeste do país, principalmente a cidade de São Sebastião. Ele sugere que seja analisada a quantidade de água das últimas 72 horas para prever o impacto nos próximos dias e medidas de prevenção sejam tomadas. "Se for uma chuva fora da média histórica esperada, ninguém está preparado, a gente já viu isso em fevereiro", fala. 


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Impacto das chuvas

Segundo dados do CGE, as chuvas intensas devem ser acompanhadas de descargas elétricas e fortes rajadas de vento. Há risco de deslizamentos, inundações, alagamentos, enxurradas e raios, principalmente nas áreas mais vulneráveis. 

Sendo assim, a Defesa Civil recomenda que a população fique em alerta para sinais de movimentação do solo, como postes e árvores inclinadas, rachaduras nas paredes e portas e janelas emperradas. "Estes sinais indicam um acidente iminente. Se a cidade está nessa situação, o ideal é não hajam mais pessoas em área de risco", afirmou Luciano.

A orientação é de não tentar atravessar áreas inundadas ou enxurradas, pois 15 cm de correnteza já são suficientes para arrastar uma pessoa, de acordo com a Defesa Civil. Em casos críticos, o órgão deve ser acionado pelo número 199. Os agentes realizarão vistorias em áreas de risco durante todos os dias de vigência do alerta.

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