Funcionário da Fundação Casa morre após ser espancado por internos durante rebelião em SP
Arnaldo Campos Garcia, de 63 anos, trabalhava na unidade Nova Aroeira e ficou um mês internado. Estava havia 22 anos na instituição
São Paulo|Aline Freitas e Isabelle Gandolphi, da Agência Record
Um agente que foi espancado por adolescentes na Fundação Casa do Complexo Raposo Tavares morreu neste sábado (30) após ficar em coma por mais de um mês. Arnaldo Campos Garcia, de 63 anos, que trabalhava na unidade Nova Aroeira, foi agredido em 21 de março, durante uma rebelião.
De acordo com o Sitsesp (Sindicato dos Trabalhadores na Socioeducação em São Paulo), Arnaldo foi liberado da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) há uma semana, mas teve que retornar três dias mais tarde após sofrer três paradas respiratórias.
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Em nota, o sindicato lamentou a morte do trabalhador, "vítima da omissão, descaso e indiferença com que a gestão da Fundação Casa trata servidores, em especial a segurança".
Arnaldo estava havia 22 anos na fundação e era agente de apoio socioeducativo. Ele deixa esposa e dois filhos.
Agressão
No dia 21 de março, Arnaldo e Osvaldino, servidores da unidade Nova Aroeira, foram espancados por adolescentes durante uma rebelião.
O sindicato fez um protesto em frente ao Complexo Raposo Tavares e criou uma vaquinha para ajudar a família do servidor, que estava em coma.
Na ocasião, o Sitsesp encaminhou um ofício à Fundação Casa para exigir melhorias nas condições de segurança interna, saúde e prevenção de acidentes de trabalho no Aroeira.