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Morte de mulher atropelada no aeroporto de Congonhas deixa funcionários traumatizados

Uma colaboradora se demitiu ao presenciar Enisete Gabriel ser atingida e esmagada por um caminhão-tanque

São Paulo|Isabelle Amaral, do R7

Enisete trabalhava no aeroporto de Congonhas havia 21 anos
Enisete trabalhava no aeroporto de Congonhas havia 21 anos

Se antes os funcionários do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, já ficavam em alerta para evitar acidentes, agora, com a morte de Enisete Gabriel, que trabalhava com serviços de limpeza e foi atropelada e esmagada por um caminhão-tanque, esse cuidado triplicou.

Além do luto, os funcionários estão traumatizados com a morte da colega de trabalho, que era líder da equipe de limpeza da Swissport, prestadora de serviços aeroportuários. É o que revela ao R7 Fernando Barreto, que também atua na higienização do aeroporto.

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Barreto conta que estava de folga no dia do acidente, na quinta-feira (13), mas que soube da morte da amiga por meio do grupo de WhatsApp e ficou muito abalado.

Segundo ele, outra colega presenciou o atropelamento, que fez com que Enisete tivesse uma perna e um braço amputados na hora. Traumatizada, ela pediu demissão e não atua mais no aeroporto.


"Foi muito difícil. A gente ama a aviação e somos uma família lá. A Enisete vai deixar muita saudade, ela era uma pessoa iluminada. Mas que esse acidente sirva de lição. Acho que nós, que trabalhamos nessa área, não somos muito valorizados. As autoridades precisam olhar mais para os trabalhadores da aviação", afirmou Barreto.

Enisete não tinha filhos, mas cuidava da mãe idosa, que dependia totalmente dela. "Ela trabalhava aqui havia 21 anos e morreu enquanto estava em serviço", afirmou o amigo.


Motorista do caminhão-tanque abalado

Barreto conta ainda que o motorista do caminhão-tanque que atropelou Enisete também ficou "extremamente abalado" e não foi trabalhar no dia seguinte. O veículo é responsável por abastecer com combustível os aviões do aeroporto.

Enisete foi atropelada por caminhão-tanque
Enisete foi atropelada por caminhão-tanque

Em nota ao R7, a Swissport informou que lamenta a morte da funcionária e sente pela família e entes queridos afetados.

A empresa revelou, ainda, que está cooperando com as autoridades para investigação e garantindo apoio aos envolvidos. "A segurança e o bem-estar de nossos funcionários continuam sendo nossa maior prioridade, e continuamos a tomar todas as medidas para evitar tais acidentes", escreveu.

Já a Infraero, concessionária responsável pela administração do aeroporto de Congonhas, informou, em nota, que as equipes de saúde foram rápidas no atendimento a Enisete, que chegou a ser levada com vida ao Hospital Saboya.

"A Infraero lamenta a ocorrência e está à disposição para apoiar os envolvidos no que for necessário", informou a empresa.

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