O guarda civil Deivide Castro denunciou a conduta de trabalho de seu chefe após ter sido impedido de trabalhar por estar com barba, em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, na última terça-feira (1º). Deivide relatou à reportagem que trabalha na Guarda Civil Municipal de Carapicuíba e, na sexta-feira (28), durante suas férias, foi a uma consulta com um dermatologista por apresentar lesões cutâneas na região da barba. Após ser diagnosticado com foliculite pelo médico, ele recebeu um laudo que foi entregue quando voltou de férias, na terça-feira (1º). De acordo com o denunciante, ele foi impedido pelo seu inspetor de plantão de assumir o serviço, uma vez que estava com barba. A foliculite tende a piorar após o uso de lâminas de barbear e pode causar uma infecção bacteriana, e por esse motivo ele não raspou a barba antes de ir para o trabalho. Porém, mesmo com a justificativa, seu superior teria dito que ele estaria "sujo" e que só assumiria o plantão se "passasse uma Gilette na cara". Segundo Deivide, no regulamento disciplinar da GCM não consta proibição de trabalho por uso de barba. O guarda registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia por ameaça, injúria e constrangimento ilegal no 1º Distrito Policial de Carapicuíba. Castro retornou ao local de trabalho hoje para apresentar os documentos e ficou dentro do quartel, pois a Guarda, segundo ele, questionou a veracidade do laudo médico.
