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Gerente suspeita de manter funcionários em situação análoga à escravidão é presa em SP

As vítimas trabalhavam em um restaurante japonês e eram obrigadas a morar em um único cômodo

São Paulo|Nayara Paiva, da Agência Record

Restaurante japonês onde trabalhavam as vítimas
Restaurante japonês onde trabalhavam as vítimas

Uma mulher, de 39 anos, foi presa suspeita de manter cerca de 20 funcionários de um restaurante japonês em trabalho análogo à escravidão, na Vila Formosa, zona leste de São Paulo, nesta quinta-feira (19).

De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), a polícia recebeu uma denúncia anônima referente ao restaurante.

Chegando no local, as equipes encontraram cerca de 20 pessoas que vieram do nordeste em situação análoga à escravidão. Os funcionários moravam em um cômodo compartilhado do outro lado da rua.

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Além de viver em condição insalubre, o grupo era obrigado a trabalhar mesmo se estivessem doentes, segundo informações da delegada.


No estabelecimento, a polícia também encontrou restos de comida, inclusive estragados, que eram servidas para os clientes.

Durante a abordagem, a gerente do estabelecimento, que se apresentou como uma das sócias, foi presa. Apesar da declaração da suspeita, seu nome não consta no contrato social da empresa.


De acordo com as vítimas, dois homens são proprietários do restaurante e dividem as tarefas, sendo um deles responsável pela contratação e administração do espaço.

Ivalda Aleixo também afirmou que será realizado um levantamento de todos os restaurantes em nome dos suspeitos. Posteriormente, a Vigilância Sanitária vai fiscalizá-los. O Ministério Público do Trabalho de São Paulo também foi comunicado da situação dos funcionários.

Até a publicação desta reportagem, a defesa dos donos e da gerente do estabelecimento não foi localizada.

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