Gestante acusa hospital de só fazer ultrassom em horário comercial
Mulher perdeu bebê há um ano ao esperar exame. Hoje grávida mais uma vez, diz que problema continua e teme novo aborto
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Uma gestante denunciou à Record TV o Hospital Alípio Correia Neto, na zona leste de São Paulo por não realizar exames de ultrassom após o horário comercial. A denunciante é uma mulher que há um ano, gestante de cinco meses, sofreu um aborto dentro da unidade. Hoje ela está novamente grávida, também corre risco de perder o bebê e se deparou com o mesmo problema no hospital.
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Segundo a vítima, na gestação anterior, ela chegou por volta da 0h à unidade, após rompimento da bolsa. Ela sentia dores na chegada ao hospital. Ainda de acordo com a vítima, ela foi direcionada a uma sala de pré-parto e recebeu o encaminhamento para a realização do ultrassom, agendado para as 8h.
A mulher ainda conta que na chegada ao hospital e no monitoramento inicial, o bebê estava vivo. Mas, após a troca de plantão, e exames de toque feitos por outro médico, foi constatado que a criança já havia morrido e seria necessária a indução do parto, que ocorreu por volta das 7h30. A vítima se questiona se a criança estaria viva hoje se o ultrassom tivesse sido realizado.
"Se tivesse feito o ultrassom naquele momento, poderia ter feito uma cesária, retirado meu filho, ele ficaria na incubadora, estaria comigo agora", afirma. Hoje, lida com o receio de passar pela mesma situação. "Eu tenho esse medo, perder uma outra criança."
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a unidade realiza atendimentos de segunda a sábado, das 7h às 19h e afirmou que os exames são realizados normalmente após horário comercial, se solicitado com urgência pelo médico. Ainda de acordo com a Secretaria, o equipamento de ultrassonografia só pode ser manipulado por médicos especializados.