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Gestão Covas terceiriza serviço e atrasa velórios, diz sindicato

Segundo Sinsep, troca de equipe do tráfego do Serviço Funerário Municipal de SP por terceirizada "é irresponsabilidade"

São Paulo|Do R7

Sepultadores trabalham em covas abertas no cemitério de Vila Formosa, em SP
Sepultadores trabalham em covas abertas no cemitério de Vila Formosa, em SP

O Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo) denunciou a ocorrência de atrasos na remoção de corpos e, consequentemente, em sepultamentos realizados na capital paulista desde o dia 11 de março.

A causa do problema seria, segundo o sindicato, a troca de trabalhadores do SFM (Serviço Funerário Municipal) que atuam na mesa de tráfego — área responsável pelo controle da saída dos carros da garagem — por funcionários da empresa terceirizada FVB.

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"Há uma fila enorme de remoções. Está criada uma confusão generalizada no transporte dos corpos. Tivemos informações de enterros que deveriam ocorrer às 14h, mas 2h38 depois [desse horário] o carro não tinha chegado com o corpo. Outro aconteceria às 17h, [mas] o carro saía da garagem nesse norário para buscar o corpo no hospital e [para] depois levar para o cemitério", disse o secretário de imprensa do Sindsep, João Batista Gomes.

O sindicalista classificou como irresponsável a mudança no SFM em meio à pandemia, ao pico de mortes pela doença no país e à contaminação pelo coronavírus. Para João Batista Gomes, a decisão da prefeitura paulistana de privatizar o SFM é vista como uma política de desmonte.


"Estão tirando trabalhadores que têm expertise, trabalham há anos na mesa do Serviço Funerário fazendo esse controle e colocando pessoas que não têm o conhecimento. E [a mudança realizada] de uma hora para outra", complementou Gomes.

Ainda conforme o Sindsep, o novo contrato da autarquia com a FVB, empresa terceirizada de transportes de corpos, foi publicado no dia 19 de fevereiro. O acordo abrange os custos com motoristas, combustível e quilometragem livre pelo período de seis meses.


Prefeitura de SP rebate críticas

A Prefeitura de São Paulo diz, por meio do SFM, que agiu para otimizar o translado de corpos e evitar atrasos. A autarquia informou que teve conhecimento de casos pontuais de atraso e lamentou o ocorrido. No entanto, afirmou que não houve fila de corpos à espera de remoção. Os casos já foram solucionados.

Para garantir a dignidade às vítimas e reduzir o sofrimento dos familiares, diz o comunicado, a gestão municipal deu início, ainda em 2020, ao processo licitatório para a contratação de novos carros tendo em vista que os contratos vigentes foram encerrados no último dia 10 de março, uma vez que completaram os 60 meses, tornando-os inviáveis de prorrogação.


Segundo a prefeitura, dentre os licitantes, a empresa contratada atendeu todas as especificações do edital, tais como: carros adaptados com motorista e combustível por conta da empresa. Dessa forma, a contratação de 40 carros, que aconteceu de forma regular por meio de licitação, teve início no dia 11 de março de 2021. Além do reforço de veículos, a empresa passou a conduzir a logística de transporte, organizando a saída dos carros para os locais de dos corpos na cidade.

A prefeitura paulistana garante que o serviço ganhará agilidade, já que anteriormente era realizado por quatro funcionários e apenas um telefone. Com a terceirizada à frente, serão oito funcionários e seis telefones para condução do tráfego. Funcionários do SFV que atuavam no tráfego serão realocados para outras áreas da autarquia.

Entre as medidas para agilizar o transporte de corpos na capital, mediante permissão da CET, os novos carros funerários, previamente cadastrados, possuem agora autorização para circular nos corredores e faixas de ônibus.

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