Governo de São Paulo estuda comprar e desenvolver vacina contra a varíola do macaco
Decisão se deve ao aumento de casos da doença nas últimas semanas. Há 425 registros em 29 municípios paulistas
São Paulo|Laura Lourenço, da Agência Record
O Governo de São Paulo estuda a possibilidade da compra e desenvolvimento de vacinas contra a varíola do macaco devido ao aumento de casos nas últimas semanas. As informações foram confirmadas nesta sexta-feira (22). A medida é uma determinação do governador Rodrigo Garcia (PSDB).
A administração estadual afirma que foi criado um Comitê de Emergência contra a doença e que nele há grupos de estudo que avaliam as possibilidades de compra, assim como de desenvolvimento do imunizante.
O comitê foi criado em 30 de junho para acompanhar a evolução e o número de casos no estado. Há 425 registros de varíola do macaco até a noite de quarta-feira (20) em 29 municípios paulistas.
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Em nota, o Ministério da Saúde informou que, até o momento, 592 casos do vírus monkeypox foram confirmados no Brasil, a maior parte deles no estado de São Paulo, 85 no Rio de Janeiro, 32 em Minas Gerais, 12 no Distrito Federal, dez no Paraná, nove em Goiás, quatro na Bahia, dois no Ceará, dois no Rio Grande do Sul, dois no Rio Grande do Norte, dois no Espírito Santo, um em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul e um em Santa Catarina.
A pasta disse que permanece a articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes.
Também em nota, o Instituto Butantan informou que o Comitê Contingencial Técnico de Especialistas tem como objetivo principal a apresentação de estudos e propostas a respeito do assunto e avalia a produção de um imunizante contra o vírus.
"É importante ressaltar que a primeira e mais eficaz medida de saúde pública é a contenção do contágio por meio do isolamento das pessoas contaminadas", informou.
Transmissão da doença
O vírus da monkeypox faz parte da mesma família da varíola. A transmissão ocorre entre pessoas. O atual surto tem prevalência de transmissão pelo contato íntimo. Saiba como se proteger:
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos ou objetos pessoais;
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus.
Há outros sinais de alerta como caroço no pescoço, axila e virilhas, febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares.