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Governo de SP descarta mudança e diz que protesto é boicote à saúde

Rodízio de veículos é suspenso. Manifestantes bloqueiam Cebolão, na zona oeste, e avenida Senador Teotônio Vilela, na zona sul

São Paulo|Edilson Muniz e Isabelle Gandolphi, da Agência Record

Manifestantes protestam contra medidas restritivas em São Paulo
Manifestantes protestam contra medidas restritivas em São Paulo Reprodução/ Marcelo Gonçalves/Folhapress/05.03.2021

O governo de São Paulo afirmou, nesta sexta-feira (5), que os protestos contrários às medidas restritivas adotadas para conter a alta de casos, internações e mortes por covid-19 são um "boicote ao esforço dos profissionais de saúde que lutam para salvar vidas em meio a uma pandemia". O governo descartou reverter a determinação, que permite somente o funcionamento de serviços essenciais em todo o estado até o dia 19 de março. 

Por meio de nota, o governo defendeu a legitimidade das manifestações, mas disse que "ir contra as medidas de restrição é fechar os olhos para as mortes decorrentes da covid-19." Além disso, descartou voltar atrás na decisão de classificar todo o estado na fase vermelha do plano de flexibilização econômica. 

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"O governo entende as livres manifestações, mas ressalta que ir contra as medidas de isolamento social adotadas pelo Plano SP é ignorar a morte de 60 mil pessoas no Estado, que contabiliza mais de sete mil pacientes nesse momento deitados em leitos de UTI no Estado."

A administração estadual disse ainda que colocar os munícipios na fase vermelha do Plano SP foi adotada por recomendação do Centro de Contingência da Covid-19, diante do atual cenário de aumento de recordes diários no número de casos, internações e mortes causadas pelo coronavírus.


"É uma forma de tentar camuflar a realidade macroeconômica que o país enfrenta com cinco aumentos no preço da gasolina neste ano, quatro elevações consecutivas no preço do diesel, inflação de alimentos, a volta da recessão, aumento da dívida pública e a disparada de preços de itens básicos como arroz e leite", declarou a administração estadual. 

O governo paulista afirmou ainda que reconhece a gravidade da crise econômica global e seus impactos, e mantém canal aberto com todos os setores e representantes de associações. "Para auxiliar os empreendedores a atravessarem essa crise, o Estado desembolsou quase R$ 2 bilhões de crédito pela Desenvolve SP, Banco do Povo e Sebrae e liberou neste ano mais R$ 125 milhões de crédito."


A Companhia de Engenharia de Tráfego informa que agentes da CET estão na região do protesto na Marginal Tietê, sentido Ayrton, proximidades da Ponte dos Remédios, orientando os motoristas e indicando rotas alternativas. "A CET e a Concessionária Via Oeste trabalham em conjunto para amenizar os impactos no trânsito. Os motoristas estão sendo orientados a utilizar o rodoanel e há desvio para a Marginal Pinheiros, no final da rodovia", disse em nota.

A CET está com painéis luminosos avisando sobre as manifestações no entorno do eixo da Marginal Tietê, sentido Castelo Branco, e da Marginal Pinheiros, também no sentido Castelo Branco, além das pontes da Marginal Pinheiros como a Cidade Universitária e Eusébio Matoso. A recomendação é para evitar a região do protesto.

A SPTrans informou que ônibus municipais não circulam no trecho da manifestação na Marginal Tietê com a Ponte dos Remédios, sentido Ayrton Senna. No momento, a circulação de coletivos está normal no corredor da avenida Senador Teotônio Vilela (Corredor Parelheiros- Rio Bonito- Santo Amaro). "Quando a manifestação passou pelo local, afetou apenas com morosidade a operação das linhas de ônibus que circulavam pela via."

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