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Governo de SP vai acionar Justiça contra greve de professores 

Secretaria afirma que faltas não justificadas serão descontadas e que decisão do sindicato se pauta por agenda político-partidária 

São Paulo|Marcos Rosendo, da Agência Record

A prefeitura de São José dos Campos anunciou a retomada das aulas presenciais a partir da próxima segunda-feira (8), de forma escalonada
A prefeitura de São José dos Campos anunciou a retomada das aulas presenciais a partir da próxima segunda-feira (8), de forma escalonada

O governo de São Paulo afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis contra a decisão da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de entrar em greve a partir de segunda-feira (8), data marcada para a volta às aulas presenciais na rede estadual. A informação consta em nota divulgada nesta sexta-feira pela Seduc (Secretaria Estadual de Educação).

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O texto informa que, em caso de faltas, o superior imediato vai analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas", diz a nota. 

A secretaria disse ainda que "lamenta que o sindicato se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos". Para a Seduc, o sindicato não leva em conta os riscos à saúde emocional e mental das crianças e adolescentes, nem do atraso educacional. 

De acordo com a secretaria, a retomada das aulas presenciais vai obedecer os protocolos de prevenção da pandemia e estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem se manter em atividade remota. 


O que diz o sindicato

A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, afirma que a atitude se trata de uma "greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais". A sindicalista afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde, preservar vidas, tanto de professores quanto de alunos, funcionários e familiares. 

"Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves. A Apeoesp fez um levantamento em que constatou até agora 147 casos de covid-19 em escolas. Todas tiveram algum tipo de atividade presencial. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no estado", declarou a parlamentar.

A Seduc afirma que adquiriu e distribuiu insumos para estudantes e servidores, como 12 milhões de máscaras de tecido, mais de 440 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10.740 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel, 100 milhões de rolos de papel toalha e 1,8 milhão de rolos de papel higiênico.

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