Governo de SP vai vacinar idosos de 69 a 71 anos a partir de 27 de março
Campanha pretende imunizar quase um milhão de pessoas no estado e reduzir o ritmo de contaminação do vírus que causa covid
São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7
O governo de São Paulo antecipou a vacinação contra covid-19 no estado para idosos entre 69 e 71 anos para o dia 27 de março. A expectativa é que 910 mil pessoas nesta faixa etária sejam imunizadas no estado. O anúncio foi feito pelo vice-governador Rodrigo Garcia em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (19) no Palácio dos Bandeirantes.
“Inicialmente a previsão era de vacinar somente idosos acima de 70 anos a partir do dia 29. Então antecipamos a data e também conseguimos incluir os de 69 anos, ampliando a vacinação em São Paulo para quase um milhão de pessoas”, disse Garcia.
De acordo com o Plano Estadual de Imunização de São Paulo, já são mais de 5 milhões de pessoas com cronograma de vacinação definido no estado, considerando os grupos anunciados até o momento.
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O vice-governador também destacou a suspensão da operação descida no sistema Anchieta-Imigrantes durante a fase emergencial do Plano São Paulo. Para isso, as faixas das rodovias sentido litoral serão reduzidas para desestimular o aumento do fluxo de veículos rumo às praias a partir desta sexta até o dia 30 de março.
"A medida pode ser prorrograda. É importante dizer que quarentena não é férias. Podemos anunciar mais medidas restritivas, mas algumas já adotadas nas cidades têm efeito de lockdown", afirma Rodrigo Garcia.
O pedido atende demandas dos prefeitos do litoral paulista que estavam preocupados com o anúncio feito pela Prefeitura de São Paulo de antecipação de cinco feriados entre os dias 26 de março e 4 de abril. A iniciativa foi criticada pelo governador João Doria porque a prefeitura não comunicou com antecedência a decisão ao estado.
"Agradecemos a sensibilidade do governo. É um apelo que fazemos porque há 14 dias tínhamos 44% de ocupação de leitos e hoje estamos em 80%. Os hospitais particulares estão pedindo vaga ao SUS e o decreto de São Paulo impacta no turismo na Baixada, onde muitos têm sua segunda residência", enfatiza o prefeito de Santos, Rogério Santos.
Já o vice-governador disse que as medidas, em geral, são tomadas em conjunto e minimizou o fato de o prefeito Bruno Covas não ter avisado o governo com antecedência: "Estamos vivendo uma guerra, então nem sempre a comunicação é perfeita".
O Estado estuda fazer blitz educativa, envolvendo as polícias e concessionárias, para que as pessoas sejam desincentivadas a viajar durante o novo feriadão. Os prefeitos da Baixada Santista também vão se reunir para adotar medidas em conjunto.
Algumas praias já estão fechadas e, em Santos, também haverá interdição do calçadão a partir deste sábado (20). Segundo Rogério Santos, algumas cidades ainda não tinham antecipado o fechamento da faixa de areia por falta de estrutura, como cavaletes e outros.
João Gabbardo ressaltou que o Centro de Contingência da Covid-19 apoia as medidas anunciadas pela Prefeitura de São Paulo, como antecipação de feriados de 2021 e 2022 e mudança do horário de rodízio de veículos entre 20h e 5h.
Nesta sexta, o governo destacou ainda que a fase emergencial, com a redução do horário de funcionamento dos serviços essenciais e escalonamento da entrada de funcionários no trabalho, resultou na redução de 62% de passageiros no transporte público. São menos de 4 milhões de pessoas em circulação, uma queda de 1,4 milhão de pessoas em relação à fase laranja, mesmo com 100% da frota em funcionamento.
Segundo o governo, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 91% no estado. São 66.798 óbitos por covid-19 e houve um aumento de 13% no número de casos.