São Paulo Governo Doria decide esperar pedido de afastamento de Baldy

Governo Doria decide esperar pedido de afastamento de Baldy

Secretário estadual dos Transportes Metropolitanos foi preso pela Polícia Federam na manhã desta quinta (6) em operação contra fraudes na Saúde

Agência Estado
PF prendeu secretário no prédio onde mora, em São Paulo

PF prendeu secretário no prédio onde mora, em São Paulo

ALLISON SALES/ FUTURA PRESS/ ESTADÃO CONTEÚDO - 06.08.2020

Diante da prisão na manhã desta quinta-feira (6) do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, o governo João Doria (PSDB) decidiu aguardar que Baldy tome a iniciativa de se afastar do cargo, o que deve ocorrer tão logo seja possível, segundo auxiliares do governador no Palácio dos Bandeirantes. Baldy deverá comunicar o afastamento com o argumento de que irá se concentrar em sua defesa, e deixará o cargo para seu secretário executivo, Paulo José Galli.

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A saída de Baldy a partir de um pedido do próprio secretário é a forma como a equipe de Doria pretende afastar o governador do desgaste da prisão de seu auxiliar direto sem causar atritos com o Progressistas, atual partido de Baldy.

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A prisão de um secretário de governo durante exercício do mandato é fato inédito em São Paulo e ocorre duas semanas após Doria ter de repercutir os indiciamentos de José Serra e Geraldo Alckmin, seus dois antecessores eleitos para o cargo, todos do PSDB.

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Com Baldy ainda detido na sede da Polícia Federal de São Paulo, na Lapa, zona oeste, os detalhes burocráticos sobre o como seu pedido de afastamento será formalizado ainda não foram decididos.

O argumento de um afastamento para cuidar da defesa é o mesmo que Doria usou em dezembro de 2018, quando ele havia indicado o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) para a pasta da Casa Civil. Kassab não exerce o cargo, mas seu nome ainda é publicado todos os dias no Diário Oficial do Estado como titular da pasta.

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