Greve em SP: Tarcísio de Freitas garante que população será ouvida sobre privatizações
Governador lamentou que sindicatos não tenham respeitado ordem judicial de manter 100% da frota durante horários de pico
São Paulo|Lucas Ferreira, do R7
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na manhã desta terça-feira (3) que a população será ouvida futuramente sobre as privatizações no setor de transportes e saneamento básico do estado. A capital paulista e a região metropolitana enfrentavam nesta terça greve coletiva no Metrô, CPTM e Sabesp contra essas desestatizações.
Tarcísio diz que a atual gestão estuda a viabilidade de novas privatizações, mas que audiências públicas serão promovidas para debate com os paulistanos sobre o tema. Os sindicatos exigem um plebiscito para a discussão do assunto.
“É justo que a gente estude [as privatizações], é necessário que a gente estude, e nós falamos na campanha que estudaríamos”, reforçou Tarcísio ao longo de coletiva de imprensa realizada nesta manhã, no Palácio dos Bandeirantes.
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O governador do estado afirma ainda que a greve promovida pelos sindicatos tem cunho político. Tarcísio também lamentou o fato de a ordem da Justiça de manter 100% das frotas nos horários de pico não ter sido respeitada.
“Uma greve ilegal, abusiva. Uma greve claramente política. Uma greve que tem interesse privativo”, disse Tarcísio. “Essa turma não está respeitando sequer o poder Judiciário".
Ao se mostrar a favor da privatização, o governador usou como argumento que apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, do Metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, estão funcionando nesta manhã. Ambas são concessões à iniciativa privada.
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Ao ser indagado sobre as constantes falhas registradas nas linhas sob concessão, em especial nas 8-Diamante e 9-Esmeralda, Tarcísio afirma que o governo fiscalizou e aplicou multas, mas que as empresas enfrentam o reflexo de anos de abandono nesses ramais.
Tarcísio também foi questionado sobre a liberação das catracas, mas descartou a hipótese. Segundo o governador, seria perigoso perder o controle do número de passageiros nas plataformas.
“Lamento muito o transtorno que o cidadão está passando”, afirmou Tarcísio. “Isso só reforça a convicção de que estamos na linha certa".
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