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Haddad afirma que paralisação de motoristas de ônibus está nas mãos da Justiça

Trabalhadores exigiam que prefeito interferisse na reabertura das negociações com o sindicato

São Paulo|Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (22), que a paralisação de motoristas e cobradores de ônibus na capital e região metropolitana está agora nas mãos da Justiça. Neste terceiro dia de protesto, duas garagens estão paradas e o movimento atingiu cidades da região metropolitana.

— Depois da reunião no DRT [Delegacia Regional do Trabalho], a questão foi para a Justiça, que expediu uma liminar garantindo o serviço público. Já tem uma audiência marcada na Justiça do Trabalho hoje à tarde e, se chegarem a um acordo com a intermediação da Justiça, vai ser melhor. Conversei com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ontem e hoje, e ele mesmo nos orientou que centrássemos nossa atenção na audência de conciliação. 

A afirmação foi feita após a abertura de um seminário do Valor Econômico sobre mobilidade urbana. Os trabalhadores exigiam que o prefeito intermediasse uma reabertura de negociação com o patrões. Na última quarta-feira (21), motoristas da Viação Gato Preto afirmaram que pretendiam manter a paralisação até que fosse realizado um encontro entre Haddad e os representantes dos funcionários que cruzaram os braços. 

— O pedido de audiência foi feito feito antes da liminar. Agora você tem na Justiça do Trabalho um ambiente adequado para qualquer acordo que seja feito. 


Haddad explica ainda que a prefeitura não entendeu o que aconteceu na assembleia dos trabalhadores de ônibus. 

— Havia um entendimento validado na assembleia e, sem nenhum tipo de aviso, a prefeitura, os trabalhadores, a população e próprio sindicato dos motoristas foram surpreendidos com a paralisação. Não é uma coisa que se possa admitir na cidade de São Paulo. 

O prefeito de São Paulo informou que a PM (Polícia Militar) está auxiliando no cumprimento da liminar que determina a volta ao trabalho dos funcionários parados e que garanta o serviço à população.

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